Uma baleia-franca, com cerca de 10 metros de comprimento e faixa etária estimada entre 2 e 7 anos, encalhou viva na Praia de Itapirubá Sul, no litoral sul de Santa Catarina. A Polícia Ambiental de Laguna foi notificada na manhã desta terça-feira e acionou o protocolo de encalhes da APA (Área de Proteção Ambiental) da Baleia Franca, informando a ocorrência ao escritório do ICMBio, em Imbituba, e ao Projeto Baleia Franca.
‘Durante toda esta terça-feira avaliamos a situação e monitoramos o estado respiratório do animal, que já se encontra bastante debilitado. Não há fatores externos que justifiquem esta ocorrência, tais como agitação do mar, ou perturbação por embarcações, por exemplo, o que leva a crer que esta baleia já se encontrava doente”, explica a bióloga Karina Groch, Diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca.
“Além disso, apesar de se mexer, ela não teve forças para aproveitar a subida da maré e seu corpo veio ainda mais para o raso, o que mostra que ela está bem fraca, sem sequer comandar seus movimentos”, completou Karina.
Os trabalhos de terça-feira se encerraram ao anoitecer e nesta quarta-feira foram retomados a partir das 6h. Para Luciana Moreira, analista ambiental da APA da Baleia Franca, o esforço deve ser concentrado na estratégia de resgate do indivíduo.
“Enquanto monitoramos o animal, deixamos outras instituições de plantão para proporcionarem o apoio que será necessário nesta quarta-feira, quando pretendemos fazer uma força-tarefa para o desencalhe”, diz Luciana.
“O primeiro plano, no caso de a baleia sobreviver, será resgatá-la para áreas mais profundas por meio do uso de rebocadores com apoio do Corpo de Bombeiros e do Porto de Imbituba. Entretanto, caso o indíviduo não resista, o segundo plano será comunicar as instituições responsáveis pela coleta de material para a pesquisa, como a R3 Animal e a Unesc, além de contar com o apoio da Prefeitura Municipal de Laguna para a retirada da carcaça”, explica a analista.
Este é o terceiro encalhe da temporada. O primeiro também foi registrado em Laguna e tratava-se de um filhote. Já o segundo, que também foi de um filhote, ocorreu no balneário de Arroio do Sal, no Norte do Rio Grande do Sul. Nos outros dois casos, os animais morreram.