As energias de fontes renováveis no Reino Unido geraram mais eletricidade que os combustíveis fósseis pela primeira vez, de acordo com uma análise do uso de energia no terceiro trimestre deste ano.
Parques eólicos, painéis solares, biomassa e energia hidrelétrica geraram 29,5 terawatt-hora (TWh) de energia para os meses de julho, agosto e setembro, em comparação com 29,1TWh de combustíveis fósseis, segundo o Carbon Brief (Relatório do Carbono).
Em 2010, 10 vezes mais energia veio da queima de combustíveis fósseis do que energia renovável, mas o custo das energias renováveis caiu, com a energia eólica e solar em terra, frequentemente mais barata.
Isso marca o mais recente marco na rápida “descarbonização” do sistema elétrico do Reino Unido.
O Dr. Simon Evans, vice-editor do Carbon Brief, disse ao The Independent: “O Reino Unido fez progressos significativos no corte de suas emissões de CO2 na última década.
“Quase todo esse progresso se deve ao setor de eletricidade, que, como mostra nossa análise, diminuiu a geração de combustíveis fósseis pela metade desde 2010 e as renováveis aumentam mais de quatro vezes”, disse o especialista.
“Outras partes da economia fizeram muito pouco progresso. O Reino Unido não poderá cumprir suas metas de carbono legalmente vinculativas no futuro sem cortes de emissões em outras áreas, como aquecimento e transporte”, disse ele.
Do total de 29,1TWh de combustíveis fósseis, 28,4TWh vieram de gás, 0,4TWh vieram de carvão e 0,3TWh de petróleo, de acordo com a análise de estatísticas nacionais do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS).
Atualmente, existem apenas sete usinas a carvão no bloco de países, com a última prevista para fechar em 2025.
Dos 29,5TWh de fontes renováveis de energia, 14,6TWh vieram do vento, 8,8TWh de biomassa, 4,7TWh de energia solar e 1,4TWh de energia hidrelétrica.
Isso faz parte de uma tendência crescente e, nos três primeiros trimestres deste ano, as energias renováveis se saíram melhor do que os combustíveis fósseis em 103 dos 273 dias, segundo o The Indepedent.
No entanto, estudos mostram que apesar do enorme sucesso no setor elétrico, outras partes da economia fizeram pouco progresso na redução de emissões. No ano passado, foram emitidos 6,8 toneladas de gases de efeito estufa por pessoa e, em 2050, isso precisará cair para zero.
O relatório anual do Comitê de Mudança Climática (CCC) apresentado ao parlamento mostrou que a ação do Reino Unido para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, impulsionando a mudança climática, está muito aquém do necessário.
A BEIS recebeu 30 milhões de libras extras na última rodada de gastos para “acelerar o progresso” em projetos de “descarbonização” no próximo ano.
No entanto, isso foi apenas 0,1% do que é necessário, de acordo com os maiores grupos ambientais da Grã-Bretanha, incluindo o Greenpeace e o Friends of the Earth (Amigos da Terra).
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