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INCÊNDIOS FLORESTAIS

Fogo no verão europeu joga no ar recorde de quase 13 megatoneladas de carbono

Incêndios da Espanha e de Portugal representara cerca de três quartos do total europeu

19 de setembro de 2025
Marco Britto
3 min. de leitura
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Incêndios florestais na Espanha em agosto de 2025. Foto: Carlos Castro/Europa Press via Getty Images

Os incêndios florestais na Europa em 2025 liberaram 12,9 megatoneladas de carbono, um recorde em 23 anos de análise de dados do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS), do observatório espacial europeu.

Os meses de verão europeu (junho-julho-agosto) no ano passado foram marcados por intensa atividade de incêndios florestais, sendo a Península Ibérica, formada por Espanha e Portugal, considerada o ponto crítico. O CAMS considerou emissões da União Europeia somadas às do Reino Unido.

As emissões na região ibérica, que vinham abaixo da média até o início de agosto, mudaram drasticamente em apenas uma semana, com a poluição de incêndios da Espanha e de Portugal representando cerca de três quartos do total europeu.

“Além dos incêndios florestais, incluindo o transporte de fumaça de longo alcance do Canadá, a poluição por ozônio e as intrusões de poeira do Saara contribuíram para um verão muito movimentado em termos de monitoramento da poluição do ar”, afirma nota da agência.

Os incêndios florestais canadenses seguiram no início de setembro, atingindo a segunda maior taxa de emissões anuais, atrás apenas de 2023. Imagens geradas pelo Copernicus mostram a fumaça cruzando o Atlântico no início de agosto, atingindo partes da Europa.

O verão de 2025 também foi marcado por episódios de transporte de poeira do Saara, tanto através do Mediterrâneo para o sul da Europa quanto através do Atlântico em direção às Américas, observou o monitoramento.

Outro risco típico para a qualidade do ar no verão, e frequentemente ignorado, destacam os pesquisadores, é a poluição por ozônio, presente em meio a frequentes ondas de calor.

“Altas temperaturas, aliadas a altos níveis de radiação solar, causam o aumento das concentrações de ozônio na superfície, afetando a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde humana. Ondas de calor na Europa durante o verão de 2025 aumentaram as concentrações de ozônio acima dos níveis regulatórios na maior parte do continente.”

Fonte: Um só Planeta

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