(da Redação)
O Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (INIP) de Angola propôs abater as focas da Baía dos Tigres, província do Namibe, no sul da Angola, com a justificativa de que esses animais significariam uma ameaça aos pescadores que matam e comercializam os peixes da região.
Nkosi Luyeye, diretor geral-adjunto do INIP quer a todo custo o abate das focas alegando que esses mamíferos seriam causadores de um impacto seríssimo para a pesca e para o consumo de espécies como sardinha e carapau, e que deveriam, portanto, ser exterminadas. Ou seja, ele quer chamar de “controle cológico” o massacre de animais inocentes, que não cometeram crime algum, e muito menos representariam qualquer ameaça aos seres humanos.
Parece que o ser humano não se contenta em ir ao habitat dos animais, despejar lixo e resíduos tóxicos, e destruir direta ou indiretamente a vida pertencente aos ecossistemas. É preciso mais: é preciso exterminar os animais para que não nos reste mais nada.
Matar as focas simplesmente porque elas se alimentam de peixes? Poderíamos no mínimo pensar em oferecer-lhes alternativas de alimentos, para isso temos os biólogos, para isso somos dotados de inteligência, que é a capacidade de pensar e encontrar soluções éticas.
O ser humano, como onívoro e como detentor de plenos recursos e conhecimento para produzir o seu próprio alimento de forma sustentável, respeitando o planeta, a natureza e os direitos animais, vai inventar o que mais para justificar a sua inércia e a sua crueldade?
Não seremos livres enquanto a nossa liberdade não respeitar o direito fundamental à vida e à liberdade de todos os seres vivos. E se o pensamento correto fosse eliminar o que realmente representa ma ameaça ao equilíbiro do planeta, a primeira espécie a ser eliminada seria a humana. Infelizmente.
Com informações do Diário Digital