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Flash infravermelho revela manchas 'escondidas' de pantera-negra asiática

21 de julho de 2015
2 min. de leitura
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Foto: Rimba Research Malaysia/Divulgação
Foto: Rimba Research Malaysia/Divulgação

Na Península Malaia, quase todos os leopardos são pretos. Isso não se repete em nenhuma outra parte do mundo habitada por esses felinos. À primeira vista, os leopardos-negros, também conhecidos como panteras-negras, não possuem manchas em sua pelagem como outros de sua espécie.
Porém – ao acionar o “modo noturno” de uma câmera escondida na floresta para captar imagens dos animais da região – cientistas se surpreenderam ao constatar que o flash infravermelho revelou um padrão complexo de manchas na pele do felino que, a olho nu, passa despercebido.
Os pesquisadores publicaram essas conclusões no “Journal of Wildlife Management” nesta semana. A revelação das manchas das panteras-negras, além de ser curiosa, pode ser muito importante para o acompanhamento da situação desses animais.
Manchas permitem identificar indivíduos
O fato de os leopardos da região serem quase inteiramente pretos torna praticamente impossível identificar um espécime do outro, dificultando o controle da população de felinos.
Com a revelação das manchas por meio da câmera, vai ser possível identificar individualmente os animais e estimar o tamanho da população de panteras-negras na península do sudeste asiático. Em um teste feito pelos pesquisadores, foi possível identificar 94% dos animais. “Isso vai permitir estudar e monitorar essa população ao longo do tempo, o que é crítico para sua conservação, disse Laurie Hedges, que liderou a pesquisa.
“Este é, talvez, o único exemplo conhecido de um mamífero selvagem com uma população praticamente inteira composta de indivíduos negros e cientistas não têm ideia sobre por que eles predominam na Península Malaia. Entender como os leopardos da Malásia estão se saindo em um mundo cada vez mais dominado pelos humanos é vital”, completou Laurie.
A pesquisa é resultado de um projeto conjunto feito pela Universidade de Nottingham Campus Malásia, pela organização ambiental Rimba, pela WWF-Malásia, pela Universidade James Cook, da Austráia, e pelo Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais da Malásia Peninsular.
Fonte: G1

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