O BioParque do Rio, localizado em São Cristóvão, está temporariamente fechado após a descoberta de galinhas-d’angola mortas durante uma fiscalização rotineira. A administração afirma ter acionado “protocolos de biossegurança” e notificado órgãos sanitários, mas a Secretaria Municipal de Proteção Animal (SMPDA) diz que não foi informada sobre o caso.
O secretário Luiz Ramos Filho determinou uma fiscalização urgente ao local, que será realizada ainda nesta sexta-feira (18/07). A demora no comunicado oficial levanta dúvidas sobre a real preocupação da administração do parque com a vida dos animais sob seus cuidados.
A morte das galinhas-d’angola não é um incidente isolado. O caso mostra um modus operandi comum em zoológicos: animais morrem sob custódia, a instituição age apenas sob pressão, e a culpa recai sobre “falhas pontuais”.
Enquanto não houver uma mudança estrutural, incluindo a substituição de zoológicos por santuários e políticas de proteção sem exploração, casos como esse continuarão a acontecer.
Zoológicos são estruturas intrinsicamente cruéis, incapazes de garantir bem-estar e, principalmente, liberdade aos animais. Enquanto insistirmos em mantê-los aprisionados para diversão humana, histórias como essa se repetirão. Chegou a hora de evoluir e acabar de vez esses espaços.