A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) faz, neste mês, fiscalização ambiental para proteção do período reprodutivo dos quelônios no Tabuleiro do Embaubal, no município de Senador José Porfírio, sudoeste do Pará. A captura dos animais silvestres é proibida pela Lei de Crimes Ambientais, no. 9065/ 1998. A ação tem parceria do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), da Polícia Militar, e da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo do município.
Na fiscalização ocorrida em agosto, após as apreensões foram devolvidos para o habitat natural 70 tartarugas e um tracajá e ainda feita a doação dos animais confiscados da balsa Ana Maria (quatro tatus e uma paca), que faz o trecho de Vitória do Xingu até Santarém.
“Na época da reprodução dos quelônios, de agosto a dezembro, devido à facilidade de captura no momento da desova, quando os animais ficam expostos nas praias do Tabuleiro, os ovos e os bichos são comercializados ilegalmente nos portos, nos barcos e no comércio local. Neste período, por impedir a reprodução da espécie, há agravante no crime ambiental”, diz a zootecnista da Gerência de Fiscalização de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Moema de Jesus.
Este mês, além da apreensão de apetrechos como anzóis, iscas (mucajá, coco e mandioca), malhadeiras e tapuá (espécie de arpão), também foram apreendidos, no rio Xingu, na embarcação Leão do Mar II, que faz linha entre os municípios de Vitória do Xingu e Santarém, 400 ovos de tracajá (podocnemis unifilis) e pitiú (podocnemis sextuberculata). A embarcação foi autuada e todo o material, apreendido.
Em outro barco, o “Darcy Junior”, que navega de Vitória do Xingu até Santana, no Amapá, foram encontrados camuflados, encobertos por peixes, cinco jacarés e uma paca. Uma canoa tipo rabeta foi abandonada pelo infrator com as armadilhas e duas tartarugas, que foram soltas no local.
O Tabuleiro do Embaubal é o maior nascedouro da América do Sul do quelônio tartaruga da Amazônia, de fundamental importância para o equilíbrio ecológico da região, bem como para a manutenção do padrão alimentar das populações ribeirinhas do rio Xingu.
Fonte: Agência Pará