O produtor rural que abrigou o cavalo abandonado gravemente ferido na zona rural de Rifaina (SP) diz que se surpreendeu ao ver a situação do animal. O homem, que prefere não se identificar, afirma que ele tinha muito sangue cobrindo a cabeça e que a primeira atitude foi a de tentar salvá-lo.
“Na hora que eu vi, rapaz, nossa senhora, fiquei até horrorizado. Tinha tanto sangue na cara dele, na cabeça. A primeira coisa na cabeça da gente foi tentar salvar o animal. Com muito custo consegui levantar ele, vim tocando ele devagarzinho. Chegou aqui no curral eu estanquei o sangramento”, diz.
Segundo o produtor rural, na terça-feira (2), o animal deu sinais de boa recuperação.
“Ele estava lá com chance de vida em uns 10%, hoje já está com uns 70%, 80%. O cara que faz isso não sei o que passa na cabeça dele. Tudo isso que estou fazendo é com o maior carinho, primeiramente para salvar o animal que não sabe pedir socorro. A gente que tem que lutar por eles.”
O cavalo foi encontrado no sábado (30), quando o produtor rural procurava uma das vacas da propriedade. Ele avistou o animal deitado próximo à porteira da fazenda e foi verificar. Ao se aproximar, descobriu os cortes na cabeça, supostamente feitos a podão.
De acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita é de que os ferimentos tenham sido causados pelo tutor do animal, morador de Alto Porã, distrito de Bebedouro (SP).
Segundo relato de testemunhas à EPTV, afiliada da TV Globo, o animal esteve com o tutor em uma tradicional cavalgada em comemoração ao aniversário de Rifaina. Ele ficou exposto ao calor e sem água durante todo o dia. Na volta para casa, demonstrou sinais de exaustão em um trecho de subida. Irritado, o tutor teria agredido o cavalo e o abandonado em seguida.
Vídeos compartilhados nas redes sociais e que mostram os ferimentos deixaram moradores revoltados. O suposto tutor do cavalo já foi identificado pela polícia. Um boletim de ocorrência pelo crime de abuso de animais foi registrado na Polícia Civil de Pedregulho (SP). A pena para o crime pode chegar a três anos de reclusão.
Fonte: G1