Finning. Este é o nome da pesca para a obtenção das nadadeiras dos tubarões que acontece no mundo todo (inclusive no Brasil), e que além de ser cruel – já que o animal, sem a possibilidade de nadar, afunda para morrer sangrando, comido por outros peixes ou para apodrecer no leito do mar – está ameaçando seriamente a sobrevivência desses animais.
São mortos cerca de 70 milhões de tubarões, todo ano, em quase todos os mares do planeta. Só por aqui 43% das espécies de tubarões já estão ameaçadas de extinção. Se nada for feito, dezenas de espécies, cujas populações declinaram em até 90% nos últimos 20 anos, estarão extintas nas próximas décadas.
As nadadeiras dos tubarões, em geral, abastecem o mercado chinês para produção de sopa de barbatana de tubarão, tradicional prato da culinária chinesa considerado afrodisíaco e símbolo de status. No Oriente ainda existe a “crença” de que partes desses animais podem trazer benefícios à saúde do homem ou curar suas doenças.
Em razão disso tudo, o Projeto Tubarões no Brasil, do Instituto Ecológico Aqualung, faz um abaixo-assinado a ser enviado ao Congresso Nacional, apoiando a criação de uma nova legislação federal (Projeto de Lei) determinando que todos os tubarões capturados em águas brasileiras deverão ser desembarcados com suas nadadeiras íntegras e no corpo do animal.
A medida, além de coibir a prática do finning e facilitar a fiscalização dos órgãos competentes, possibilitará o maior controle das espécies alvo de pesca, da obtenção de nadadeiras e das quantidades de tubarões capturados. Para participar, basta assiná-lo acessando o link http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N5037 .
Um recente estudo realizado na Universidade New Southeastern, na Flórida (EUA), analisou o material genético de 177 tubarões-martelo da costa brasileira, do Caribe, do Golfo do México e dos oceanos Pacífico e Índico e confrontou os dados com o DNA de 62 nadadeiras de tubarões da mesma espécie à venda em Hong Kong (um dos maiores mercados no mundo onde a barbatana de tubarão pode custar até US$ 700 o quilo).
O estudo concluiu que 21% das nadadeiras vinham do Oceano Atlântico Ocidental, área que inclui o Brasil. Ou seja, existem pescadores no Brasil, como há em outros 120 países, participando da pesca ilegal e do tráfico de barbatanas de tubarão.
Fonte: EPTV
Nota da Redação: A ANDA defende o fim da pesca e da caça de qualquer animal.