Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais)
Caçadores finlandeses foram autorizados a matar quase 20% da população de lobos do país em uma matança polêmica que começou no fim de semana. A caça começou em 23 de janeiro, com quotas para determinadas regiões e efetuada por caçadores licenciados. As informações são do The Guardian.
Para proteger o animal, nenhuma caça foi autorizada entre 2007 e 2015, após a Comissão Européia acusar a Finlândia de violar as regras de proteção da UE sobre as espécies ameaçadas de extinção, resultando em caça furtiva generalizada na Finlândia.
O conflito entre ativistas de direitos animais e proprietários de terras intensificou em 2013, quando um grupo no município ocidental rural de Perho que via os animais como uma ameaça tomou a lei em suas próprias mãos e matou três lobos. Doze homens foram julgados e considerados culpados.
Caçadores pelas florestas vastas e remotas do país haviam reduzido a população total de lobo para entre 120 e 135 animais em 2013, de uma estimativa de 250 a 300 em 2007. Desde 2013, a população se recuperou para cerca de 250, mas muitos finlandeses têm um profundo medo de lobos.
Residentes rurais freqüentemente expressam preocupação com a segurança de seus cães e animais, enquanto alguns afirmam que seus filhos estão em perigo, embora não tenha havido ataques a pessoas nos tempos modernos.
Ambientalistas temem que a matança com duração de um mês pode destruir a diversidade genética dos lobos.
A primeira caça experimental foi realizada em 2015, com 24 licenças, e 17 lobos foram mortos. Este ano, o número de licenças quase dobrou para 46, causando um alvoroço entre os protecionistas. “A população deveria ser pelo menos duas vezes maior para que seja geneticamente saudável”, disse Mari Nyyssölä-Kiisla, chefe do grupo Finnish Nature League.
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