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SOFRIMENTO

Filhotes de raposa e tamanduá são resgatados com queimaduras de incêndio e passam por tratamento em Ribeirão Preto (SP)

16 de outubro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/EPTV

Um filhote de raposa do campo e um filhote de tamanduá-mirim são os mais novos animais em tratamento no Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Silvestres (Cetras) do Bosque Fábio Barreto, em Ribeirão Preto (SP).

Eles foram resgatados a menos de uma semana com queimaduras nas patas, por conta dos incêndios que ainda atingem a região. Até o momento, 36 animais diferentes já foram atendidos pelo Cetras vítimas das queimadas.

De acordo com o biólogo Otávio Almeida, a raposa foi resgatada em São Joaquim da Barra (SP) na segunda-feira (14) e enviada ao Cetras. Ela tem apenas um mês e foi encontrada em uma mata, ainda com o cordão umbilical.

“Faremos de tudo para que ela retorne ao ambiente natural, porém, existem muitos fatores que podem impedir isso. Estamos evitando ao máximo que ela se acostume com as pessoas e que ela exerça seu comportamento natural”.

A expectativa é de que a raposa fique, pelo menos, nove meses em tratamento no Cetras.

“É quando indivíduos desta espécie já abandonam seus pais e têm a vida por conta própria. Ela tem de aprender a comer, aprender a buscar alimento, e também tem o tratamento médico, que consiste em sanar o efeito da ferida causada pela queimadura”.

O tamanduá-mirim, que recebeu o nome de Tobias, foi resgatado da Estação Ecológica Jataí, em Luís Antônio (SP), na quinta-feira (10) e levado a Ribeirão Preto para tratamento.

Considerada a maior reserva de cerrado do estado de São Paulo, ela chegou a perder 73% da área total por conta de focos de incêndio.

“Ele foi encontrado órfão. A mãe morreu, infelizmente, e ele é vítima da queimada, sim, porque perdeu a mãe, e ela estava fornecendo leite materno a ele. Já deu entrada hipoglicêmico, já estava em processo de desnutrição. Estamos recuperando esse animal, fazendo com que se reabilite para tão logo voltar à natureza”, diz o zootecnista do Cetras, Alexandre Gouvêa.

Segundo ele, se os filhotes não tivessem sido resgatados, a chance de sobrevivência na natureza seria de 0%.

“Com certeza, iriam a óbito. Primeiro, poderia até ser queimado também, porque iria procurar a mãe ou qualquer alimento e teria sido queimado também”.

Fonte: G1

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