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Filhotes de pássaros atraem ladrões ao Parque do Ingá

31 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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O Parque do Ingá, em Maringá, está atraindo ladrões de filhotes de sabiá-laranjeira e sabiá-poca.

A ave, que cria seus filhotes entre outubro e janeiro, está sendo roubada por ladrões durante a noite. A denúncia foi feita por Anna Christina Faria, bióloga e gerente de Meio Ambiente da Prefeitura de Maringá. Para conter os furtos, a administração municipal vai lançar uma campanha para incentivar que a denúncia – anônima – dos infratores.

Sabiá laranjeira

Os ladrões de aves invadem o parque durante o dia para demarcar onde estão os ninhos de sabiás e à noite retornam para roubar os pássaros. A área de 47 hectares (ou 47 campos de futebol) é vigiada por 15 funcionários e dois guardas municipais. A sede da guarda fica no entorno da reserva. O local conta com 385 espécies de árvores nativas e frutíferas, entre elas peroba, canela, canjerana e pau-d’alho.

A reportagem de O Diário constatou trilhas abertas pelos passarinheiros na mata do parque, usadas para burlar a vigilância dos funcionários. A bióloga informa que os ladrões acham o ninho mediante o canto melodioso do macho da espécie, que normalmente fica próximo ao ninho. Quando a fêmea percebe a presença de estranhos, começa a emitir um chiado estridente. “É desta maneira que os ladrões encontram o ninho”, explica Anna Christina.

A bióloga diz que dois ladrões de pássaros foram pegos este ano no parque, com a ajuda da Polícia Florestal. Segundo ela, qualquer pessoa vista subindo em árvore do lado externo do Parque ou pulando a cerca deve ser denunciada pelo telefone (44) 3901 1936. “Quem denunciar não precisa se identificar”, diz, ao explicar que será garantido o anonimato de quem fizer a denuncia.

O 2º Pelotão Ambiental Força Verde de Maringá informa que neste ano 300 aves foram apreendidas, além de 20 armas. As ações de apreensão ocorreram na região de responsabilidade do comando, composta por 54 municípios. Os infratores foram autuados em flagrante, pagaram multa de R$ 500,00 para cada ave apreendida, sendo liberados em seguida após preenchimento de um termo circunstanciado junto à Polícia Florestal.

“O filhote de sabiá chega a valer R$ 150,00 no mercado ilegal de pássaros silvestres”, esclarece Anna Christina. Ela explica que a ave cria cerca de dois filhotes por ano, levando 13 dias para eclodir os ovos após sua postura. Os filhotes são alimentados pelos pais durante 60 dias, quando então a ave, já totalmente empenada, deixa o ninho. A reportagem de O Diário flagrou um ninho de sabiá com quatro filhotes, dois deles, segundo a bióloga, de chupim.

Campanha

A Prefeitura vai distribuir cartazes, panfletos e folhetos para conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar quem comercializa ilegalmente o pássaro.

Fonte: O Diário Maringá

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