Dezenas de elefantes estão sendo cruelmente abusados e mantidos em cativeiro em um acampamento no norte da Tailândia, onde são criados com o objetivo de se tornarem “artistas” lucrativos.
Os filhotes são retirados de suas mães quando têm apenas dois anos de idade e forçados a aprender truques para apresentações no berçário de elefantes Maesa Elephant.
Filmagens feitas no interior da instalação pela ONG Moving Animals – para um projeto de fotojornalismo e filmagem que trabalha na exposição das indústrias de animais em todo o mundo – mostra os jovens elefantes sendo atingidos e furados por ganchos agudos de metal (bullhooks), puxados pelos ouvidos e acorrentados, balançando em perigo.
Esse tipo de abuso faz parte do “phajaan” – um processo tradicional de quebrar o espírito (por meio de sofrimento, humilhações, dores e privações) de um jovem elefante.
Os elefantes são amarrados com cordas, confinados em cercados de madeira apertados, passam fome e são espancados repetidamente com ganchos, pregos e martelos até que sua vontade seja esmagada e destruída.
A ativista Amy Jones disse que as investigações do grupo em toda a Ásia mostraram repetidamente elefantes enfrentando um sofrimento físico e emocional “implacável”.
“É de partir o coração pensar que esses bebês inocentes do Maesa Elephant Nursery estão no início de uma vida inteira de cativeiro que vai incluir serem espetados com ganchos agudos, performances cruéis e estresse psicológico severo”, disse ela.
“As empresas de viagens enganam os turistas e os fazem apoiar o abuso de animais ao pagar por esse shows onde imperam o abuso e a crueldade”.
“Para salvar outra geração de filhotes de elefantes de uma vida de miséria, as agências devem ser proibidas de vender ingressos para as ‘atrações com elefantes’.”
Mais de 80 elefantes vivem em cativeiro no local, que funciona há mais de 40 anos.
O objetivo é que os elefantes entretenham os turistas que vem ver os filhotes no berçário e assistam aos animais mais velhos fazendo os “shows”.
Eles são ensinados a pintar quadros com suas trombas, jogar dardos afiados em balões de gás e chutar bolas de futebol em gols.
Eles também são forçados a puxar e empilhar troncos pesados.
Mais de 20 animais participam das apresentações que são executadas três vezes ao dia.
O acampamento é um dos muitos em que os filhotes são maltratados e explorados por dinheiro.
Este ano, o elefante bebê batizado de Dumbo, do zoológico de Phuket (Tailândia), ganhou as manchetes quando foi forçado a se apresentar até que suas pernas se quebrassem. Ele morreu.
Preocupações sobre os sistemas de criação existentes em muitos viveiros de elefantes vieram à tona com a divulgação das imagens.
Uma elefanta adulta que vive no local já havia dado à luz seis bebês.
Como os elefantes passam de 18 a 22 meses na gravidez, a mãe geralmente passa a maior parte de sua vida grávida.
Eles são frequentemente forçados a continuar trabalhando e se apresentando durante a gravidez.
A Moving Animals e a Save the Asian Elephants – uma associação sem fins lucrativos – estão pedindo que sejam implementadas leis que tornem ilegal para as empresas anunciar ou lucrar com a venda de ingressos para lugares como o berçário de elefantes Maesa.
Para expressar seu apoio, assine a petição aqui.
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