Por Vinicius Siqueira (da Redação)
Um filhote de tigre-da-sumatra, animal em extinção com menos de 250 indivíduos no planeta, foi encontrado morto no sábado (12) ao lado da piscina dentro do recinto onde estava confinado. O tigre nasceu e viveu seus poucos dias no zoológico de Londres, ao lado da mãe que deu a luz ao filhote no dia 22 de setembro.
Segundo funcionários do zoológico, na manhã daquele sábado o tigre não aparecia nas câmeras de monitoramento e quando foram verificar o que havia acontecido, encontraram o filhote morto ao lado da piscina, sendo evidenciado em análises posteriores que a causa da morte foi afogamento. Os responsáveis pelo monitoramento dos animais não compreendem como o filhote conseguir ir até o local, já que as câmeras de vigilância não cobrem a piscina.
Segundo Malcolm Fitzpatrick, curador da instituição, a perda foi sentida e o zoológica faria qualquer coisa para voltar no tempo. Neste mesmo zoológico, um filhote de gorila (o primeiro em 20 anos) foi morto pela falta de planejamento e administração, quando foi alocado junto a outro gorila, este já adulto, que casou seu falecimento.
Tigres em extinção presos em zoológicos?
Segundo a WWF, o tigre-da-sumatra pode ser o primeiro predador a entrar em extinção no século XXI, portanto, sua vida precisa ser preservada fora de qualquer forma de exploração. A tentativa do zoológico em promover a reprodução e em criar o tigre está associada à futura exploração que poderiam exercer sobre o animal. Se trata de perpetuar a exploração à espécie e essa não é uma prática saudável à preservação nenhuma.
Em zoológicos, os tigres são confinados em pequenos cativeiros, a necessidade de viver livremente em um habitat próprio é negligenciada, assim como seus hábitos de caça são esquecidos e o tigre acaba desenvolvendo um enorme estresse psicológico, o que os faz dormir durante boa parte do dia. Eles sofrem por falta de estímulos, pelas condições climáticas nem sempre adequadas, pelo contato visual e (em alguns zoológicos) físico com humanos, pela extrema falta de privacidade e se reprimem continuamente para se adequarem ao espaço onde estão presos.
O próprio zoológico londrino provou pela segunda vez (a primeira com o filhote de gorila) que este não é um lugar para preservação de espécies e que cuidados básicos são negligenciados, assim como, provou que não há um planejamento eficiente e nem pode haver, pois as espécies confinadas em zoo’s não são previsíveis e estão completamente fora de seu lugar natural.
Abaixo o vídeo do nascimento do tigre: