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Filhote de macaco não solta o braço do cuidador que o salvou do tráfico na China

3 de agosto de 2018
2 min. de leitura
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Um macaco bebê de uma espécie rara foi salvo de um traficante na cidade de Jinghong, no sudoeste da China. De acordo com o jornal China News, o resgate ocorreu de forma discreta, quando uma residente amante dos animais, identificada como Yu, viu o animal sendo vendido por um ambulante, e temendo que ele caísse em mãos erradas, simplesmente o comprou e do vendedor e depois o entregou à polícia florestal local.

(Foto: Reprodução)

Um vídeo divulgado pela agência de notícias Xinhua mostra como o filhote estava assustado logo após ser resgatado.

Após cuidar do macaco por dois dias, Yu levou-o para a Polícia Florestal de Jinghong, que posteriormente encaminhou o filhote para o abrigo de animais selvagens de Xishuangbanna. O macaco será retornado à natureza assim que crescer, segundo o relatório.

O macaco resgatado é da espécie Macaca assamensis, um animal na primeira classe de proteção da China e também listado em 2008 como quase ameaçado pela IUCN. A espécie sofre principalmente com a caça e a degradação de seu habitat.

Um macaco bebê de uma espécie rara foi salvo de um traficante na cidade de Jinghong, no sudoeste da China, por uma amante dos animais.
(Foto: Shutterstock/Little Noom)

Apesar de ilegal, os macacos selvagens geralmente são comercializados na China para serem criados como domésticos, para serem explorados em apresentações de rua ou para serem comidos –  o cérebro de um macaco é considerado uma iguaria por uma minoria de pessoas em algumas partes do sul da China. Normalmente, a cabeça do animal é aberta enquanto ele ainda está vivo, o que configura essa como uma das experiências gastronômicas mais cruéis do mundo.

Além disso, manter um filhotes de macaco tornou-se popular entre os jovens na China, uma tendência provocada pelos vídeos em plataformas de transmissão ao vivo. No mês passado, um apresentador de um programa na plataforma, conhecido como Pan, foi investigado pela polícia na cidade de Yangzhou, no leste da China, depois de mostrar um filhote de macaco em seus vídeos.

Por meio de Pan, a polícia descobriu uma gangue com 35 pessoas que venderam vários macacos-de-gibraltar, espécie protegida pelo Estado por cerca de 8.000 yuan (R$ 4,5 mil) cada um. Os oficiais ainda resgataram outros 16 macacos que eram mantidos pelo grupo com a intenção de vendê-los.

O tráfico só acabará quando a demanda se extinguir. Enquanto os seres humanos continuarem a considerar animais como produtos para o consumo ou para entretenimento, violências, abusos e explorações continuarão a ocorrer.

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