Um filhote de urso-preto que foi arrancado de uma árvore por moradores de um condomínio na Carolina do Norte (EUA) só para que pudesse tirar fotos com o animal, juntamente com dois irmãos dele, foi levado e um centro de reabilitação.
A fêmea órfã passou as últimas duas semanas se recuperando no Appalachian Wildlife Refuge.
“Após um período de adaptação sob nossos cuidados, ela foi apresentada a outro filhote órfão que havia chegado anteriormente. Ambos os filhotes estão prosperando e passando bem”, disse Savannah Trantham, diretora executiva do refúgio, em comunicado, segundo o “NY Post”. “Eles estão comendo bem, interagindo e fazendo todas as coisas que esperamos ver com os filhotes. Nossa equipe não tem motivos para acreditar que eles não serão soltos como ursos selvagens no outono (primavera no Brasil)”, acrescentou.
O filhote foi levado ao santuário animal em 16 de abril – no mesmo dia em que um vídeo agora viral capturou um grupo de cerca de seis pessoas arrancando três filhotes de ursos assustados de uma árvore e por cima de uma cerca em um complexo de apartamentos em Asheville. Durante o vídeo, vários indivíduos foram vistos posando com os filhotes, e uma pessoa até deixou cair um deles enquanto o segurava. Outro filhote foi visto fugindo freneticamente do grupo, tentando passar por cima da cerca.
Ashley Hobbs, bióloga que foi ao condomínio, disse que a experiência foi “bastante traumática” para os pequenos ursos.
Quando uma equipe de resgate de animais chegou ao local, dois dos filhotes correram para um lugar seguro, deixando a irmã para trás. Foi ele que acabou acolhido pela instituição.
Os filhotes haviam sido deixados sozinhos por muito tempo na árvore, num comportamento incomum para uma mamãe ursa. Não se sabe se ela foi aprisionada, abatida ou estava caçando.
“Muitas mães selvagens deixam os seus bebês em locais seguros enquanto procuram comida e depois regressam quando sabem que é hora de alimentar ou transportar os seus filhotes. Mesmo que os vejamos sozinhos e pensemos que devem ter ficado órfãos ou abandonados, na maioria dos casos eles estão exatamente onde deveriam estar”, concluiu Savannah.
Fonte: Extra
