Com cuidado, a veterinária da Clínica São Francisco de Assis, Solange Benz, abre a caixa e retira um filhote de tamanduá-mirim, com pouco mais de 450 gramas e cerca de 15 centímetros. O pequeno animal foi separado da mãe depois que ela se envolveu em uma briga com um cachorro no bairro Molha, em Jaraguá do Sul, na madrugada de sábado. “Era cerca de 2h15 da manhã quando a gente acordou com uma barulheira no canil aqui de casa. Fui lá e meu cachorro estava atracado com a tamanduá. Foi quando vi o filhote caído no chão. Levei o bichinho para dentro de casa e voltei para separar os bichos”, conta o pintor Odair Pereira, 36 anos.
“Consegui separá-los. Queria que o filhote ficasse com a mãe, mas, quando voltei, a fêmea de tamanduá já tinha voltado para o mato. Como estava muito escuro, não fui atrás. Mas ela estava bastante machucada”, afirma. Odair diz que ligou para órgãos ambientais como Ibama e Polícia Ambiental para que recolhessem o animal.
Somente na noite de quarta-feira ele conseguiu que o animal fosse atendido na clínica veterinária, que é conveniada pela Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama). O tamanduá-mirim deverá ficar lá cerca de 11 semanas para receber alimentação especial para ganhar peso, mas não poderá mais voltar a viver no seu habitat. “Ele é muito novo, deve ter pouco mais de duas semanas de vida. Se for colocado na natureza, pode morrer de fome ou virar vítima de predadores. A tendência é que ele seja encaminhado para algum zoológico da região”, diz.
Fonte: A Notícia