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Filhote de peixe-boi é encontrado ferido, em Manacapuru (AM)

18 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/ EPTV

Um filhote fêmea de peixe-boi, de aproximadamente 3 meses, foi encontrado por moradores da comunidade Betel, em Manacapuru, no Amazonas, há 16 dias. Estava agonizando à margem do rio Solimões. Embora tenha sido socorrido, segundo a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), o animal não ingeria alimentos. Resultado: além de ter vários arranhões pelo corpo, está bem abaixo do peso ideal.

Após quatro horas de resgate, técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Ampa, em Manaus, agora lutam contra o tempo para tentar salvá-lo. O filhotinho tem cerca de um metro de comprimento e vai receber apenas mistura láctea. Ficará em cativeiro por 40 dias. Segundo Anselmo d’ Affonseca, veterinário do Inpa, este período é importante para a sua reabilitação.

Desde janeiro até a metade de julho, a Ampa resgatou nove filhotes de peixe-boi no Estado do Amazonas. O caso mais recente foi em junho passado, quando um indivíduo com dois meses de vida foi encontrado em Barreirinha, a 330 quilômetros de Manaus.

Foto: Reprodução/ EPTV

Mas a quantidade desses animais resgatados pode ultrapassar os 13 filhotes de 2010 (com duas mortes), o que já preocupa biólogos da região. “São indícios de que a caça ao peixe-boi continua no Amazonas, até por ser uma questão cultural”, afirmou a bióloga Isabel Reis.

Segundo ela, os resgates ocorrem mais devido à conscientização adquirida pela população sobre a espécie. “O período crítico para a caça deste mamífero aquático é entre agosto e dezembro, devido à seca na Amazônia e à redução dos níveis dos rios. Os animais ficam mais vulneráveis”, salientou Isabel, que atua para a Ampa.

O peixe-boi está ameaçado de extinção. Sua carne é utilizada na culinária local. O prato Mixira, palavra na língua indígena para mistura, pode ser encontrado de maneira clandestina em mercados populares da capital amazonense e das cidades do interior. “Apesar da fiscalização, o comércio persiste”, lamenta Isabel Reis.

Fonte: EPTV

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