As duas crias de lince ibérico estiveram bem até domingo (11), dia em que uma delas morreu de causa aguda e de forma rápida, explicou o diretor do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, Rodrigo Serra.
De acordo com a agência Lusa, a cria, com uma semana de vida, não estava subnutrida nem havia sido rejeitada ou ferida pela progenitora, apontam os resultados preliminares da autópsia realizada no Centro de Análises e Diagnóstico de Málaga, situado na Espanha.
Rodrigo Serra adiantou que, em 2009, 40 por cento das crias que nasceram, morreram até aos dois meses de idade. Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICBNB), nesse ano nasceram na Espanha 28 linces ibéricos em cativeiro e só 17 sobreviveram até aos dois meses.
Os números de 2008 demonstram que a mortalidade neo-natal nos linces ibéricos é normal, nasceram 16 crias, morreram três e seis crias tiveram de ser retiradas das progenitoras.
De uma população de 100 mil animais no início do século XX, o número de linces ibéricos, considerados os felinos mais ameaçados do mundo, situa-se na ordem das duas centenas em estado selvagem, além daqueles que são mantidos em centros como o de Silves.
Em Portugal, onde não eram avistados linces desde 1980, o objetivo do programa ibérico de reprodução é libertar os animais mantidos em cativeiro nos habitats naturais, como a serra da Malcata, e no Sul do país.
Azahar, progenitora da cria, nasceu há cinco anos em liberdade e foi o primeiro animal a ser transferido da Espanha para o centro de Silves, em outubro do ano passado, saiu do abrigo do plano ibérico para a conservação do lince.
Fonte: Tvi 24