Um filhote de gorila de apenas três meses morreu na tarde de ontem (26) no Zoológico de Belo Horizonte (MG) depois de cair de uma pedra com cerca de três metros de altura.
A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), que é a responsável pela segurança dos animais, disse que o filhote brincava nas costas da irmãzinha Anaya, que estava em cima de uma pedra, quando se soltou e caiu direto no chão.
Por estar junto dos gorilas adultos, o filhote não pôde ser resgatado imediatamente. Antes que os tratadores pudessem pegar o animal, o irmão mais velho do filhote, Jahari, o pegou no colo e o levou até a matriarca Imbi. Quando o pequeno animal chegou até os veterinários, já era tarde demais.
Casos assim evidenciam que a vida levada por esses animais em cativeiro pode ser tão perigosa, ou até mais, do que quando eles estão em seu habitat. Privar grandes primatas de terem uma vida junto a natureza sem a interferência direta ou indireta de humanos, é extremamente prejudicial para a saúde física e psicológica, não só dos gorilas, mas de todos os animais que são obrigados a viver uma vida superficial em um cubículo que tenta imitar o meio ambiente que eles habitam.
Um exame feito no filhote, revelou que o animal teve “hemorragia nasal, edema na região orbicular, e laceração no lóbulo auricular esquerdo, compatíveis com o quadro de queda e traumatismo na região crânio-encefálica”.
A equipe do Zoo permitiu que os animais ficassem um tempo com o corpo do filhote, em um pequeno gesto de empatia, já que esses grandes mamíferos costumam ‘velar’ seus mortos e passar pela fase de luto. Os quatro gorilas que vivem engaiolados no Zoológico de BH, foram retirados da natureza e trazidos para as dependências da fundação para se reproduzirem, Jahari e Anaya são filhotes da fêmea Imbi e do macho Leon. O filhote, que ainda não tinha nome, era o terceiro filho do único casal criado em cativeiro na América Latina.
Em nota, o zoológico disse que aguarda as orientações do Programa Europeu de Espécies Ameaçadas de Gorilas, que acompanha grandes primatas em clausura, para definir o destino do corpo do filhote, que deve passar por uma necropsia na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, vinculada à Prefeitura de Belo Horizonte
O Zoológico de Belo Horizonte mantém gorilas, capturados da natureza, em cativeiro desde 1975. A família do pequeno filhote, vive no local desde 2013.
Nota da Redação: Zoológicos e outros locais que aprisionam animais devem ser completamente extintos. Casos como o Zoo de BH servem para alertar a população mundial sobre a injustiça e crueldade escondida atrás de zoológicos e outros locais que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.