Um filhote de elefante-marinho foi resgatado por pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC-UFPR) na manhã da última sexta-feira (26/12), no Litoral do Paraná. O animal foi encontrado por volta das 6h30, encalhado na faixa de areia do Balneário Monções, em Matinhos.
O primeiro acionamento partiu de uma equipe da Polícia Militar que realizava patrulhamento na orla. Ao identificar o filhote, os policiais isolaram a área para garantir a segurança do animal e dos banhistas, além de acionarem imediatamente a equipe especializada do laboratório.
Ao chegar ao local, os pesquisadores avaliaram as condições clínicas do animal e iniciaram o protocolo de resgate. O elefante-marinho, espécie pertencente ao grupo das focas, foi encaminhado ao Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise da Saúde da Fauna Marinha (CReD-UFPR), localizado no Centro de Estudos do Mar da UFPR, em Pontal do Sul.
O filhote mede aproximadamente 1,50 metro e pesa cerca de 65,9 quilos. No centro de reabilitação, ele recebeu atendimento veterinário e permanece em observação, em fase de estabilização. Amostras biológicas foram coletadas para exames clínicos, que devem auxiliar na identificação das possíveis causas do encalhe e orientar o tratamento adequado.
As equipes do LEC-UFPR são especializadas no resgate de fauna marinha, atuando desde grandes cetáceos, como baleias, até mamíferos de menor porte, como focas e leões-marinhos.
O trabalho integra o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma exigência do licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama para as atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural da Petrobras na região.
O que fazer ao ver um animal encalhado?
Ao avistar um animal marinho encalhado, a orientação é manter distância e evitar qualquer tipo de contato. Não tente empurrá-lo de volta ao mar, não ofereça água ou alimento e não toque no animal. Essas ações podem causar estresse, agravar lesões ou colocar pessoas em risco.
A recomendação é acionar imediatamente o Projeto de Monitoramento de Praias pelos telefones 0800 642 3341 ou (41) 3511-8671 (Centro de Estudos do Mar). Sempre que possível, isole a área e oriente outras pessoas a manterem distância até a chegada da equipe técnica.
Fonte: Tribuna do Paraná