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Filhote de cachorro é diagnosticado com raiva em Salvador (BA) após 20 anos sem registro da doença em cães na cidade

Secretaria de Saúde disse que animal tinha menos de três meses de vida, faixa etária para a qual a vacinação antirrábica ainda não é indicada pelo Ministério da Saúde. Prefeitura emitiu alerta epidemiológico.

4 de dezembro de 2025
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/TV Subaé

A Prefeitura de Salvador, capital da Bahia, emitiu um alerta epidemiológico após um filhote de cachorro ser diagnosticado com raiva. Não havia casos da doença em cães e gatos na cidade há 20 anos. A informação foi repassada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quarta-feira (03/12).

Segundo apuração da TV Bahia, o animal, que tinha sido adotado após ser encontrado na rua, no bairro de Sussuarana, morreu no dia 20 de novembro. O resultado do exame, realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), saiu oito dias depois, na última sexta-feira (28/11).

Em nota, a SMS informou que o cão, que provavelmente teve exposição a animais silvestres antes da adoção, tinha menos de três meses de vida. O Ministério da Saúde não indica a vacina antirrábica para essa faixa etária.

Além do alerta — direcionado a equipes assistenciais, vigilâncias municipais, serviços que atuam diretamente com animais e unidades de saúde —, a pasta também tomou outras medidas:

  • bloqueio vacinal nas áreas de circulação do animal;
  • busca ativa de pessoas e animais que tiveram contato direto ou indireto, com encaminhamento da profilaxia pós-exposição humana, quando indicada;
  • ações casa a casa, realizadas por médicos-veterinários e agentes de combate às endemias;
  • vacinação de cães e gatos do entorno, orientação aos moradores e monitoramento de sinais clínicos;
  • investigações epidemiológicas e coleta de informações, conforme fluxo pactuado com a vigilância estadual e o Ministério da Saúde.

Ainda em nota, a SMS também listou orientações sobre a doença. Para prevenir, o método mais eficaz é manter a vacinação de cães e gatos a partir de três meses de idade. Outras orientações essenciais incluem:

  • evitar contato com morcegos, raposas, saguis ou qualquer animal silvestre, seja vivo ou morto, porque não existe vacina destinada a esses animais, que são protegidos por legislação ambiental, e causar-lhes danos é crime;
  • acionar o Centro de Controle de Zoonoses pelo telefone (71) 3202-0984 ou 156 se encontrar animais silvestres em residências;
  • manter esquema de profilaxia pré-exposição atualizado, caso seja um profissional que manipulam animais, conforme seu grupo de risco.

Em situação de risco, a população deve observar as seguintes orientações:

  • pessoas mordidas, arranhadas ou que tiveram contato com a saliva de animais suspeitos devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação da necessidade de profilaxia;
  • morcegos encontrados caídos, mortos ou em comportamento atípico não devem ser tocados; a orientação é acionar a vigilância municipal;
  • animais domésticos com mudança de comportamento, agressividade súbita, salivação excessiva ou dificuldade motora devem ser avaliados por médico-veterinário, e os casos devem ser notificados aos serviços de vigilância.

Cavalos

Segundo informações do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV-BA), foram detectados dois casos em equinos, após exames laboratoriais, somente neste ano.

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