Na manhã de ontem (25), um filhote de cachorro foi encontrado dentro de uma lata de lixo, no Parque Getúlio Vargas, em Canoas (RS) pelo morador Alexandre Moura, que passava pelo local e ouviu o choro do cãozinho que deve ter, no máximo, 30 dias de vida.
Moura levou o filhote para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que fica dentro do parque, mas conforme a recepcionista do local, que o atendeu, não é responsabilidade da Secretaria ficar com ele, só de fiscalizar os maus tratos.
A veterinária da Secretaria de Meio Ambiente, Maria Inês da Costa, informou que muitas pessoas tentam deixar animais abandonados com eles, mas que os bichos devem ser levados para o Centro de Zoonoses, na Avenida Boqueirão. Assim, Moura foi encaminhado, junto com o filhote para o local, que não aceitou ficar com o cachorro. A alegação teria sido de lotação máxima, que é de 40 animais. Situação parecida ocorreu com o policial civil Jairo Moraes, no mês passado.
A Prefeitura informou que está em fase de projeto e que deve começar este ano a construção do Centro de Bem-Estar Animal, com capacidade para 100 animais e cinco mil castrações por ano. A população de animais de rua estimada é de 80 mil. O cachorrinho achado no Parque Getúlio Vargas foi acolhido pela Unidade de Controle de Bem-Estar Animal – que funciona junto ao Centro de Zoonoses -, pois se encontrava em situação de risco e sofrimento, subnutrido e com parasitas.
A Unidade está constantemente lotada. Lá são recebidos ou recolhidos, em média, dez animais diariamente. Muitas pessoas levam ou abandonam no local cães e gatos filhotes e adultos. Quando isso ocorre, a equipe da Unidade orienta ou encaminha os animais para adoção. O gerente de projeto Alexandre Szekir lembra que a responsabilidade pelos animais não é só do poder público, mas de toda a população. Ele lembra que o artigo 32 da lei federal 9.605/9 considera crime o abandono de animais.
Fonte: Diário de Canoas