O animal é um filhote de baleia-jubarte, espécie que está em período de migração. Em nota, a prefeitura de Itamaracá informou que a passagem desses animais pela região é um “comportamento natural dessa época do ano, em virtude das águas mais quentes e da maior oferta de alimento, além de ser um período de reprodução da espécie”.
O filhote tem 8,5 metros de comprimento, e pesa entre seis e oito toneladas, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O órgão informou que a baleia tinha marcas de mordida de tubarão, mas que ainda não há definição sobre a causa do encalhe e morte.
Pessoas que passavam pela praia ficaram surpresas com a cena, e pararam para tirar fotos. Pelas imagens, é possível ver o animal fora da água, emborcado na faixa de areia. Nesta quinta (05/08), a maré mais baixa foi às 6h58.
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O pescador Ângelo Rodrigues, que trabalha há cinco anos com pesca em alto-mar, disse ao g1 que costuma ver baleias frequentemente na região.
Ainda segundo o morador da ilha, a baleia apareceu ao amanhecer, já morta. De acordo com ele, o animal não tinha mau cheiro, nem ferimentos aparentes.
“Tinha um pescador com a rede na água, mas ela veio de longe, se encalhou nessa rede já morta e apareceu aqui na beira da praia”, contou.
A prefeitura de Itamaracá, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, informou que não é raro filhotes de baleia se desgarrem do grupo.
“Infelizmente, é relativamente comum que filhotes se desloquem da mãe durante a migração, perdendo a referência de rota e, em casos como este, acabem encalhando”, escreveu em nota.
O Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) do ICMBio foi acionado para a ocorrência. A equipe foi ao local do encalhe para realizar um laudo técnico com objetivo de identificar a causa da morte da baleia.
O laudo preliminar do ICMBio indicou que:
- “não houve sinais de colisão com embarcação nem ingestão de resíduos”;
- “a principal hipótese a separação do filhote da mãe durante o período de migração — o que infelizmente pode levar ao óbito”.
Ainda de acordo com o órgão, o animal será enterrado fora da linha da maré e longe de residências, para evitar contaminação.
Fonte: G1