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Filhote de arara, ameaçada de extinção no Brasil, nasce na Espanha

27 de julho de 2010
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Um filhote de plumagem azul brilhante que aprende timidamente a comer é a quinta arara Spix a nascer na Espanha, uma vitória ambiental para esta ave extinta em seu habitat natural, a caatinga brasileira, da qual só existem 73 exemplares no mundo.

Nascida em março, a ave pertence ao Governo do Brasil que encomendou há 20 anos à ONG Loro Parque Fundación o projeto específico de recuperação da arara de Spix, no qual o centro radicado na ilha espanhola de Tenerife investiu mais de US$ 720 mil. Como resultado, já conta com oito exemplares.

Rafael Zamora, biólogo do Departamento de Conservação do centro, explica em entrevista à Agência Efe que a Loro Parque Fundación é a maior reserva genética do mundo de psitácidas (papagaios, araras, periquitos, cacatuas, papagaios e periquitos), com um criadouro único com mais de 4,1 mil aves. Por ano, no centro nascem 1,5 mil pássaros. Para o biólogo, o mais importante é que o centro representa um marco à reprodução de espécies extintas no ambiente natural.

É o caso da arara Spix, também conhecida como ararinha azul, extinta desde 2000 na caatinga brasileira, uma floresta primitiva de clima árido. Nessa região vivia esta arara de voz especial e de tom azul único na natureza, de aparência frágil e delicada e que, quando adulta – pode viver até 50 anos.

Foto: EPA - European Pressphoto Agency

Curiosamente, o último exemplar em liberdade desapareceu pouco tempo após ser descoberta a espécie, devido às capturas. Foi então que o Governo brasileiro encomendou a Loro Parque Fundación a recuperação da espécie, pois o centro tinha tido sucesso na reprodução de outras aves e em seu país de origem havia casais em cativeiro que não conseguiam se reproduzir.

O Brasil realizou a troca de exemplares na ilha, também em cativeiro, e há 14 anos nasceu a primeira arara Spix em Tenerife, uma fêmea que agora é a mãe do filhote.

O biólogo comenta que Tenerife é o local perfeito para estas aves pelo clima ameno e porque reproduz as mesmas condições do habitat natural, com uma dieta adequada e inclusive mais rica que em liberdade, pois oferecem as aves maior variedade de sementes e outros nutrientes.

Fonte: Agência EFE

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