(da Redação)
Quando Josh Hohm encontrou uma bebê de alce, recém-nascida, vagando próximo a um acampamento em Montana (EUA) no mês passado, ele fez o que qualquer pessoa correta deveria fazer – pediu ajuda. Porém, mal ele sabia que no momento em que alertava as autoridades de vida selvagem sobre o animal em necessidade, estaria efetivamente sentenciando o filhote à morte. As informações são do The Dodo.
Ao invés de resgatar a filhote órfã, cuja mãe foi encontrada morta nas proximidades após ter dado à luz, os funcionários do Montana Fish, Wildlife and Parks (MT FWP) mataram o animal; em seguida, o Serviço Florestal estourou o seu corpo com explosivos para dispersar os restos mortais.
Hohm ficou chocado ao saber a que fim levaram as suas boas intenções.
“É inacreditável para mim que as coisas tenham sido tratadas assim”, disse Hohm ao Bozeman Daily Chronicle. “Isso soa incrivelmente errado”.
Mas, talvez mais alarmante foi saber que a resposta da agência a este caso de um animal em apuros é o exemplo de uma ação corriqueira. Andrea Jones, porta-voz do MT FWP, disse que o alce não está incluído entre as espécies animais que eles tentam reabilitar, devido a preocupações com saúde.
“Eles podem carregar uma doença crônica debilitante que pode ser muito devastadora para as populações; é também perigosa para humanos”, disse Jones à KXLH, acrescentando que, se a filhote não fosse morta, ela “iria morrer de qualquer forma” por estar sem a sua mãe.
Hohm afirmou que o MT FWP não fez testes para detectar se o animal tinha doenças antes de matá-la.
A razão dada pelos funcionários do departamento de Montana para não ter resgatado o filhote órfão contrasta com a maneira como casos similares são tratados em outros locais. Em outros estados habitados por alces, os órfãos são frequentemente reabilitados para serem soltos de volta à natureza, com a ajuda de centros particulares de vida selvagem. O MT FWP disse ao The Dodo que não existem tais instalações em Montana.
Ainda assim, Hohm disse à KXLH que autoridades de vida selvagem deveriam fazer mais para tentar ajudar animais como esse que ele esperava que fosse salvo, e não apenas “varrer as suas vidas para debaixo do tapete”.
“Esses homens estão em nossa folha de pagamento para fiscalizar a proteção e o bem estar desses animais, e esta é a maneira como eles ‘gerenciam’ a vida”, desabafou ele. “É completamente desolador”.