Milhões de cães em situação de rua no Marrocos enfrentam um destino incerto enquanto o país se prepara sua candidatura para ser uma das sedes a Copa do Mundo FIFA de 2030. ONG estão alertando sobre os métodos violentos de controle populacional utilizados no país, pedindo à FIFA que tome medidas decisivas antes de finalizar o acordo de hospedagem.
Defensores dos direitos animais afirmam que milhões de cães em situação de rua estão sendo mortos de forma desumana em preparação para os jogos. Relatórios descrevem métodos cruéis, incluindo envenenamento com estricnina e execuções públicas, muitas vezes à vista de crianças.
Marc Abrahams, um veterinário e ativista, condenou essas ações. “Isso não é eutanásia de forma humanitária; trata-se de cães sendo torturados, espancados e submetidos a métodos horríveis de execução, incluindo injeções de estricnina. Nenhum veterinário jamais sancionaria ou apoiaria medidas de controle populacional como essas. É pura crueldade, e a FIFA precisa assumir a responsabilidade pelo papel que o futebol está desempenhando nisso”, afirmou.
A Coalizão Internacional pelo Bem-Estar Animal instou a FIFA a exigir medidas humanitárias de controle populacional no Marrocos como condição para sediar o evento. Os defensores também argumentam que isso protegeria a segurança pública, especialmente das crianças expostas a esses atos.
Além dos direitos animais, as preocupações se estendem a questões de direitos humanos no Marrocos, Portugal e Espanha. A Anistia Internacional destacou abusos, incluindo o uso excessivo da força policial, restrições à liberdade de expressão e práticas discriminatórias no futebol. A criminalização de relações homoafetivas e de relações extraconjugais no Marrocos também aumenta o escrutínio sobre sua candidatura.
A decisão da FIFA sobre a candidatura conjunta está prevista para 11 de dezembro. Os defensores argumentam que este momento apresenta uma oportunidade para a organização demonstrar seu compromisso com padrões éticos, garantindo que os direitos animais sejam protegidos em nome do esporte.
