Por Lobo Pasolini (da Redação)
“Com as mãos e os nervos de aço, grupo consegue derrubar cavalo selvagem em La Rapa das Bestas, festival realizado em Vimianzo, na Galícia, no Noroeste da Espanha.”
Assim é descrita no casualmente, no portal IG, uma cena de barbarismo contra animais. É realmente inacreditável como a mídia pode ver e não enxergar o que realmente acontece no mundo.
O artigo continua: “A tradição de derrubar cavalos remete, dizem os galicianos, ao povo Celta que se estabeleceu na Península Ibérica no século 7 a.C..”
Vamos desconstruir a matéria sobre esse evento infeliz. Primeiro, ninguém é corajoso por aterrorizar animais. O que uma pessoa que participa desse tipo de aberração tem outros nomes: covarde, psicopata, sádico. Isso aí vai variar de acordo com o indivíduo em questão.
Segundo, por que os séculos de duração de uma chamada ‘tradição’ de alguma forma podem ser invocados para justificá-la? Primeiro, tais dados não são seguros e confiáveis. Será que os bárbaros que habitavam a Galícia de séculos atrás faziam registros escritos desses eventos?
E mesmo que fosse. Quantas tradições a humanidade abandonou porque evoluiu eticamente? Tradição não é algo esculpido em pedra. Como toda atividade humana ela se transforma ou desaparece com o passar do tempo.
Tradições envolvendo animais, mesmo as de aparência mais inocente, deveriam seguir o seu destino e ficar restritas aos livros de histórias como anomalias sobre a qual nos envergonhamos, tal como a escravidão e a caça às bruxas.