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A festa macabra ou 'No final deste ano, verta uma lágrima'

12 de dezembro de 2013
2 min. de leitura
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“É pela paz que eu não quero seguir admitindo” – O Rappa

Chegam os últimos dias do ano de 2013, aqueles que todos nós esperamos para celebrar uma festa macabra. São momentos de correr para cumprir tarefas e comprar presentes, despedidas vazias de chefes e de escolas, sinceramente, e pode crer, sou sincera nisso, detesto e não vivo esse tipo de situação. Que bom. O fim de ano como o ápice de tudo o que a humanidade não consegue superar.

Tudo o que vimos durante o ano inteiro, aqui triplicado, misturado a bebida e acidentes de trânsito, choro e lágrimas. Os animais entram em cena para ‘pagar o pato’.

A protagonista da festa comanda a coisa toda em nome de um nascimento. Ela acontece por isso, mas é a morte que ela festeja. Como tenho visto gente ‘religiosa’, ‘espiritualizada’, cheia de ‘paz e amor’, cometer os mais estúpidos disparates à luz do dia, contra clientes, funcionários, sem suportar conviver com o próximo, não suportar uma crítica ou se magoar com qualquer coisa, ser louco por dinheiro, vacilar, trair, estigmatizar, concorrer, etc. Não seriam esses a pelo menos dar algum exemplo? O que é isso, companheiro?

Nós, ateus, descrentes, sem futuro, é que acabamos sendo os que temos que ir lá dizer ‘pé no chão, meu amigo’, acredite em algo melhor. Remendar as feridas que cometem mundo afora. Jesus fez isso e deixou esse exemplo – “vim trazer a espada”. E até hoje as religiões silenciam quanto a essas palavras, por que não a entendem ou não querem falar sobre elas.

É preciso desenvolver a nossa forma de ver os problemas, ou seja, precisamos sim olhar para eles, olhar para o lado, falar deles.

No final deste ano, verta uma lágrima pelos outros animais, e outra pelo humano.

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