Por Márcio Bueno e Vinicius Siqueira (da Redação)
A cidade de Passo Fundo (RS) comemorou neste final de semana a 30ª edição da Festa de São Francisco de Assis, com extensa programação. No sábado (5), houve bênção aos animais, com presença de cachorros, cavalos e até uma tartaruga. No domingo (6), a atração popular foi um total de 800 quilos de carne servidos em churrasco.
Em Porto Alegre (RS), a paróquia de São Francisco de Assis também realizou sua já tradicional dobradinha “bênção & churrasco”. Ativistas realizaram mobilização virtual enviando e-mails em massa para a paróquia e a arquidiocese da Capital, sem sucesso.
Em acontecimentos tão dissonantes que se pode perceber a lógica especista comandando inclusive os posicionamentos em questões de fé. Há animais que, de acordo com esta visão, podem ser abençoados e há animais que podem ser comidos.
Propalado como protetor dos animais, São Francisco de Assis é homenageado com exploração e morte de diversos bichos, algo totalmente contraditório. Enquanto alguns animais merecem até proteção divina, outros perdem a liberdade e a vida para atrair público a uma festa que deveria prezar pela vida e pela proteção de todos os animais.
O dia em homagem a São Francisco de Assis, ao invés de reforçar um comportamento que fere os direitos dos animais, que coloca em risco suas vidas e que desconsidera todo o valor moral destes bichos, poderia ser um dia de atividades em prol dos animais, onde os ideais de libertação animal pudessem ser discutidos livremente.