Enquanto o Brasil está fazendo gols no Mundial, a supermodelo Fernanda Tavares e a entidade de proteção animal Humane Society International (HSI) lançaram um apelo aos senadores para marcarem um gol a favor dos animais por meio da proibição dos testes em animais para cosméticos. Em uma nova foto impactante para a campanha da HSI Liberte-se da Crueldade, Tavares usou a camiseta da seleção brasileira de futebol enquanto abraçava um coelho resgatado, Linho, que representou os milhares de coelhos e outros animais que sofrem em testes cosméticos no Brasil.
No início de junho, a Câmara dos Deputados votou o Projeto de Lei 6602/2013 para proibir testes de cosméticos em animais. O projeto de lei vai para o Senado após dois anos de muito trabalho da campanha Liberte-se da Crueldade, que incluiu várias reuniões presenciais entre legisladores e Tavares, a embaixadora oficial da campanha brasileira. Porém, brechas no Projeto de Lei ainda autorizam testes de cosméticos em animais. A fim de conseguir uma verdadeira proibição, o time da Liberte-se da Crueldade trabalhará no Senado para adotar emendas cruciais.
Fernanda Tavares disse: “Testar cosméticos em ratos e outros animais é uma crueldade desnecessária e precisa acabar no Brasil e no mundo. Como embaixadora da campanha da HSI Liberte-se da Crueldade, estou muito orgulhosa com a votação desse projeto de lei na Câmara dos Deputados e agora o mesmo está chegando ao Senado. Assim, enquanto os holofotes globais estão no Brasil, eu imploro aos senadores que marquem um gol para os animais, votando a favor de uma proibição de testes. Mas também alertamos sobre a necessidade de fazer uma proibição à prova d’água, isto é, sem brechas. O povo quer uma proibição, os animais merecem, e o Brasil está pronto. Liberte-se da Crueldade é a maior campanha global que trabalha para o fim da crueldade nos cosméticos. Com a ajuda dos senadores, o Brasil pode se tornar o primeiro país da América Latina a expulsar os testes de cosméticos em animais para sempre”.
A HSI está trabalhando arduamente para convencer senadores a aceitarem as emendas necessárias para fechar as brechas do projeto de lei, que ainda deixam os animais de laboratórios no Brasil sob o risco de testes. A redação atual não proíbe testes em animais para “ingredientes com efeitos desconhecidos”, uma definição que poderia ser aplicada a um grande número de ingredientes cosméticos, tanto já existentes quanto novos, deixando assim a porta aberta à experimentação animal. Nem a proibição da venda de cosméticos recém- testados em animais no exterior fora mencionada no projeto de lei.
Antoniana Ottoni, assessora legislativa da campanha Liberte-se da Crueldade disse: “Aqui no Brasil nós temos a oportunidade de nos juntar à tendência mundial de cosméticos livres de crueldade e então é vital que os senadores apoiem a proibição. No entanto, a proibição precisa ser verdadeira para acabar com toda a crueldade no setor de cosméticos, caso contrário, não conseguirá pôr fim ao feio segredo dos testes em animais realizados pela indústria da beleza”.
Testes cosméticos em animais são proibidos na União Europeia, Noruega, Israel e Índia. Em janeiro deste ano, o estado de São Paulo aprovou a proibição total desse tipo de teste, a primeira do gênero em toda a América Latina. No entanto, no resto do Brasil, esses testes ainda são permitidos, com regulamentos cosméticos baseados em procedimentos ultrapassados e cruéis, nos quais coelhos e outros roedores são submetidos a dolorosos procedimentos oculares e dermatológicos, assim como à ingestão de substâncias.
Os coelhos foram providenciados pela ONG do Rio de Janeiro Ação Animal (www.acaoanimal.org.br). Por favor adote, não compre.
A Liberte-se da Crueldade no Brasil faz parte de uma campanha global para acabar com os testes cosméticos em animais e seus parceiros são a ARCA Brasil, a ProAnima e o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. A campanha também tem atuação na Austrália, Canadá, China, Índia, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Rússia, Taiwan e Estados Unidos.
Fonte: HSI