Por Fernanda Franco (da Redação)
Sindicatos de fazendeiros britânicos estão alertando as pessoas que ocupam os campos para que tomem cuidado com as vacas, alegando que esses animais seriam “perigosos”.
É sabido que as vacas possuem um comportamento institivo de defender seus filhotes, especialmente quando há cães por perto — assim como uma mãe defenderia o seu filho humano de uma aproximação que representasse algum tipo de perigo — então, é bastante natural que a sociedade compreenda que não é inteligente expor os cães a ambientes em que as vacas circulam (a não ser quando essa aproximação seja conduzida com as devidas precauções).
O ex-ministro do Interior britânico David Blunkett, por exemplo, foi pisoteado enquanto andava com seu cão-guia no início do ano por causar à vaca um estresse desnecessário. A reação do animal não é de ataque, como querem afirmar os sindicatos de fazendeiros, mas sim, de defesa.
Peter Hallam é mais um exemplo citado por essa inversão. Ele teria sido pisoteado por vacas quando levava seus cachorros para passear, no condado de North Yorkshire (norte da Inglaterra), no ano passado. Novamente, as vacas quiseram proteger as suas crias da invasão humana e da presença (para elas, ameaçadora) dos cães.
O ser humano invade habitats, provocando desequilíbrios nos ecossistemas, e muito covardemente projeta a culpa sobre os animais — no caso, as vacas, que com absoluta certeza são bem menos perigosas do que os seres humanos.
Com informações do Estadão