Por Julia Troncoso e Vinicius Siqueira (da Redação)
Tragando casualmente um cigarro, um fazendeiro suspende uma raposa pelo seu rabo e a espanca até a morte com um bastão.
O método é simples, porém brutal – e apenas uma das várias maneiras com a qual essas cruéis fazendas chinesas de raposas trucidam animais em nome da moda. As informações são do Daily Mail.
Outros métodos incluem quebrar seus pescoços à pontapés ou pisotear suas cabeças. Ativistas afirmam que essas são as sortudas. As raposas mais dóceis que não brigam são simplesmente penduradas e esfoladas vivas para economizar o tempo e energia de seus assassinos.
As pessoas que moram próximas dizem que o cheiro fétido de morte paira no ar enquanto uivos arrepiantes de medo e dor podem ser escutados vindos do complexo dia e noite.
Quando a pele é finalmente retirada da cabeça do animal, o seu corpo nu e ensanguentados é jogado numa pilha de corpos que foram esfolados momentos antes.
Mesmo com o seu corpo despelado, algumas ainda estão vivas, agonizando por ar e piscando lentamente, às vezes por dez minutos, enquanto esperam pela morte, afirmam ativistas.
Em seguida, a pele deles é enviada para serem usadas como chapéus ou casacos por amantes do mundo da moda de vários países.
Algumas das fotos que surgiram dessas fazendas são explícitas demais para serem exibidas nesta matéria.
Ativistas de direitos animais estão demandando uma ação para dar um fim à chacina indiscriminada de milhares de raposas para a indústria da moda todo ano.
Segundo os proprietários das fazendas, a morte cruel se deve ao pequeno número de raposas que são exploradas para a indústria da moda e, portanto, não é economicamente viável estabelecer padrões “humanitários” de mortes. O que os fazendeiros não entendem é que a própria exploração das raposas está sendo contestada. Os ativistas pretendem acabar com o abuso sobre estes animais.
Ativistas afirmam terem localizados alguns animais que foram chutados ou esmagados até a morte.
E todo o massacre foi realizado sob o testemunho dos animais que aguardavam sua vez, tentando escapar desesperadamente.
Apenas alguns deles são poupados para procriar a leva do ano seguinte.
A fazenda Lanhu, próxima a cidade de Xi’an, na província de Jilin, é apenas uma dos vários abatedouros do nordeste chinês.
Os ativistas foram apoiados pela população local que não trabalha nos abatedouros, reclamando que os gritos e choros dos animais assassinados são particularmente perturbadores para as crianças.
Entre os animais aprisionados nessas fazendas estão incluídos a raposa azul, a raposa vermelha comum e guaxinins.
Angorá
Em matéria publicada pela ANDA, uma oficina chinesa é exposta em suas práticas cruéis contra coelhos, que são amarrados, esticados e esfolados vivos para a obtenção de sua pele.
A tortura continua por anos, pois os funcionários responsáveis pela retirada da pele esperam a recuperação de cada coelho para recomeçar o mesmo ritual de tortura. Quando já não servem mais à indústria da pele, eles são mortos e esfolados pela última vez.
Como na China não há nenhuma lei que impeça a exploração de coelhos em fazendas, estes animais estão à mercê de toda a crueldade que seus exploradores possam praticar e é o local onde 90% de toda a pele de angorá pode ser encontrada.
A vida destes animais não é em nenhum momento livre dos inúmeros maus-tratos que recebem. São jogados em pequenas gaiolas de enferrujadas, que prejudicam suas delicadas patas, também são privados de qualquer contato saudável com outros indivíduos de sua espécie e passam toda a vida sem conseguir dormir em um ambiente tranquilo e agradável. A vida destes coelhos pode ser resumida em duas palavras: tortura e exploração.
A diretoria associada do PETA no Reino Unidos apela para os consumidores não comprarem roupas feiras com angorá. Segunda ela, “o PETA UK está realizando apelos para os compradores nesta temporada de férias”, e complementa, “por favor, levem um tempo lendo o rótulo da peça que forem comprar. Caso diga ‘angorá’, deixe-a na arara”.