Por Janine Koneski de Abreu (em colaboração para a ANDA)
Uma ocorrência envolvendo o acidente de um homem, revelou a exploração de animais na chamada farra do boi em Florianópolis (SC). O homem que havia fraturado o fêmur após cair de um cavalo na praia do Moçambique, foi resgatado a menos de 20 metros de um mangueirão, nome dado à estrutura onde o boi é colocado para ser maltratado, por pessoas que passavam nas proximidades.
A realização da chamada Farra do Boi, que durante o período de quaresma, faz com que pessoas persigam e maltratem bois, tem registrado inúmeros casos em Santa Catarina. Desde o início desta quaresma jornais da região divulgaram que a Polícia Militar já recolheu uma vaca com as patas quebradas em Governador Celso Ramos; na mesma localidade um farrista e um motorista de caminhão, que buscava um boi usado na farra, foram presos. Além disso, nas redes sociais é possível encontrar duas filmagens deste mês em que animais são maltratados por farristas.
A violência que ocorre desde 1750 no litoral catarinense, primeiramente engorda o boi para depois matá-lo. O animal é bastante machucado e em geral acaba morto a tiros pela Polícia Militar, ou se consegue fugir, é guardado para mais um dia de tortura e de exploração para os farristas, até que decidam matá-lo.
A página Brasil Contra a Farra Do Boi fez uma petição online pedindo que a prática seja absolutamente coibida.