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Família reencontra gata desaparecida há dois anos em Santa Maria (RS)

16 de junho de 2015
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Mara na casa da família Alves (E), antes de ter a pata amputada, e depois, na clínica veterinária onde viveu por quase dois anos (Fotos: Arquivo Pessoal)
Mara na casa da família Alves (E), antes de ter a pata amputada, e depois, na clínica veterinária
onde viveu por quase dois anos (Fotos: Arquivo Pessoal)

Bastou colocar o olho na gata de três cores para a dona de casa Vanessa de Oliveira Alves, 35 anos, gritar: “Mara! É a Mara!” Mara é o apelido da gata doméstica da família, Maralaine, que finalmente havia sido encontrada após dois anos desaparecida em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O reencontro da família apaixonada por gatos com Mara ocorreu na noite da última quinta-feira (11), em uma clínica veterinária da cidade. “Foi emocionante. A minha esposa dizia que um dia iria encontrar ela, mas eu não tinha mais esperanças”, descreve o policial militar Fabrício Staudt Alves, 34, marido de Vanessa.
Mara, a gata de pelos dourados, negros e brancos, havia sumido em maio de 2013, após uma troca de endereço da família, e nunca mais voltado para casa. Foi um desespero para Vanessa: “Eu saía na rua e olhava para tudo quanto é canto, procurando por ela”, recorda.
Depois de muita procura sem sucesso, a família decidiu adotar outra gata. No início do mês, porém, a gata adotada foi atropelada em frente à casa da família e acabou morrendo. Só que ninguém imaginava que essa perda iria proporcionar um grande reencontro.
Uma das três filhas do casal, Gabriele, de 9 anos, ficou tão triste com a morte do seu animal de estimação que pediu para a mãe que adotasse outra gata. Vanessa concordou e saiu em busca de animais para adoção no Facebook. Encontrou o anúncio da clínica veterinária de Luciana Wolle, 32 anos.
Na noite de quinta-feira, a família foi buscar o novo animal na clínica quando foi surpreendida ao ver a velha conhecida no local: Mara vivia lá desde o fim de 2013. “Enxerguei ela de costas, na hora eu vi que era ela por causa do pelo. Chamei e na mesma hora ela olhou para mim”, conta Vanessa.
Luciana Wolle diz que a gata chegou até os cuidados dela trazida por uma prima. Ela estava bastante debilitada e prestes a morrer. “Acharam ela na rua escondida embaixo de um carro. Ela estava desnutrida, com a perna necrosada. Tratamos ela por uma semana para ela poder aguentar a cirurgia e depois tivemos de amputar a perna”, explica a veterinária.
No dia seguinte à cirurgia, Mara já estava caminhando pela clínica. Rebatizada de Perninha, ficou por lá mesmo e conquistou a todos os funcionários, apesar de seu temperamento. “Ela não é muito dada, não gosta muito de colo. Deitava em cima das vassouras, rasgava os sacos de rações, destruia tudo”, lembra Fabiana Luiz, funcionária da clínica.
Luciana chegou a doar outra gata tricolor que tinha para ficar com Perninha, já que considerava difícil que alguém quisesse adotar uma gata adulta e amputada. Por isso, para ela foi difícil abrir mão do mascote. “Me apaixonei por ela, apesar do humor peculiar. Essa semana está sendo bem difícil sem ela aqui”, confessa a veterinária.
Apesar de sentirem a ausência de Perninha, todos na clínica dizem que se sentem felizes por terem testemunhado o reencontro de Mara com seus antigos tutores. “A gente não acreditava. Eu comecei a me emocionar porque eles choravam com a gata no colo”, relata Fabiane.
Mara, ou Perninha, tem seis anos de idade e voltou para a família com quem vivia desde o nascimento. Agora a família tem quatro gatos. Vanessa ficou tão feliz que resolveu levar para casa também a outra gata que havia ido adotar, batizada de Elizabete. “Se não fosse ela, eu não teria encontrado a Mara”, conclui.
Fonte: G1

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