Membros da família que cuidavam do cão Sombra, que faleceu há uma semana após ficar ‘depressivo’ com a morte do seu tutor, em Santos, no litoral de São Paulo, acreditam que agora o animal está feliz e reencontrou o amigo.
A história de Sombra surpreendeu veterinários e familiares depois que o animal parou de comer aparentemente sentindo a falta do tutor, com quem tinha uma relação de amizade. O estado de saúde do cão começou a piorar e ele parou de comer há quatro meses, quando o empresário Gil David Freiras de Souza, então com 49 anos, faleceu.
Em pouco tempo, o cão da raça boxer que era forte e saudável, chegou aos 15 kg. Para cuidar do animal, a família contou com apoio da equipe da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal de Santos (Codevida), onde Sombra ficou até 25 de junho, quando acabou morrendo. “A gente levava as coisas para ele, conversava e ele parecia que nem estava mais lá, mas eu tenho certeza que agora ele está feliz, porque estava muito triste aqui. Ele foi encontrar o meu pai”, afirma Letícia Sousa, filha do empresário.
A jovem conta que esteve com o avô nos últimos dias para visitar Sombra e levar alguns produtos que o animal precisava, mas como estava magro e sem conseguir andar, o cão não esboçava reações. “Meu avô estava confuso, agitado. Visitávamos o Sombra no meu horário de almoço, que também é o horário de almoço dos veterinários, mas a Leila [responsável pela Codevida], liberou. Meu avô viu ele comendo e ficou feliz, mas quando o Sombra não se mexia ele ficava triste”, afirma.
Mesmo os exames do animal não apontando nenhuma doença grave, a equipe da Codevia utilizou até mesmo reiki, uma técnica espiritual budista baseada em energia, mas não adiantou. “Nunca vi isso. Todos os exames estavam legais. Estamos até agora muito balançados”, conta Leila.
A notícia da morte também abalou os avôs de Letícia. “Quando os meus avós souberam da notícia que ele faleceu, ficaram bem tristes, mas agora estão bem. Eles falam que os dois se reencontraram”, disse. A jovem também aproveitou para agradecer o apoio do órgão público e o carinho com Sombra. “A Codevida ajudou muito. Muita gente criticou o fato dele ficar lá, mas ele estava sendo muito bem tratado e amado também”, conclui.

Fonte: G1