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Família de caçadores é presa em Tapiraí (SP)

7 de setembro de 2010
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Armadilhas, armas, munição e pele de cobra foram recolhidos (Foto: Divulgação)

A Polícia Militar Ambiental de Sorocaba prendeu, por volta do meio-dia de segunda-feira (6) uma família de caçadores, em Tapiraí. Cinco espingardas de cano duplo, mais de 30 munições, apito para atrair pássaros e armadilhas foram apreendidos na casa de um deles. A pele de uma cobra da espécie jaracuçu, penas do pássaro jacutinga e um celular com fotos de animais abatidos, como tatu e tucano, e de um revólver calibre 38 também foram encontrados pelos policiais ambientais, que tiveram o apoio da Polícia Militar daquele município.

A descoberta do grupo começou na manhã de domingo, quando o sargento Mendes e o soldado Apolinário, da Ambiental, receberam a informação de que um adolescente de 17 anos estava internado no Hospital Regional, com graves ferimentos no rosto provocados pelo disparo de uma cartucheira. Após investigação, os policiais souberam que o tiro havia sido feito por Stewart Pereira Pinto, 25 anos, primo do adolescente.

A partir daí, desconfiados de que havia algo a mais por trás da história, localizaram a casa de caça, no meio do sertão de Tapiraí. De propriedade de Gessé de Oliveira dos Santos, 29 anos, lá estavam escondidas as armas, as armadilhas e a pele da cobra abatida. Levantaram informações de que Gessé, junto com David Pereira Pinto, 34 anos, irmão de Stewart, e o pai deles, Benedito Pereira Pinto, 49 anos, praticavam a caça predatória pelas matas daquele município.

De acordo com o sargento Mendes, na manhã de domingo (5) Benedito resolveu levar os sobrinhos para caçar: o adolescente baleado e o irmão dele, de 11 anos. Com o apoio dos soldados Fernando e Esione, do patrulhamento de Tapiraí, os policiais ambientais identificaram e prenderam os acusados. Todos foram detidos, exceto Stewart, que conseguiu fugir. Para chegar à casa de caça, os acusados pegavam a Estrada Antônio Ferreira Alves e saíam por uma vicinal, chegando ao meio do sertão, onde preparavam as armadilhas e as armas para caçar. Segundo o sargento PM, até uma armadilha denominada jirau foi apreendida. Ela é montada no chão, um dos caçadores fica escondido sobre uma árvore e, quando o animal entra na armadilha, é baleado.

Os acusados foram indiciados conforme a lei de crimes ambientais e por porte ilegal de armas. Entre eles, somente David foi indiciado em flagrante, pois no carro dele os policiais encontraram munição e apitos para chamar pássaros. Ele, porém, pagou fiança de R$ 350 e responderá em liberdade, assim como os demais detidos. Exceto Gessé, pai, filhos e sobrinhos moram no Éden, em Sorocaba, e iam para aquele município apenas para caçar.

Outro caso

O caseiro Edvaldo dos Santos, 59 anos, foi flagrado em Itu na tarde de sábado (4), por policiais da Força Tática Ambiental, com uma espécie de pássaro ameaçada de extinção. A partir de denúncias anônimas, o sargento Mendes e o soldado Apolinário foram até o bairro Taquaral, na divisa com Sorocaba, e flagraram o caseiro, que tinha um azulão na gaiola. Em outra havia um canário-da-terra. De dentro da moradia foi apreendida uma cartucheira calibre 28 e munição. Levado ao plantão central de Itu, Edvaldo foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma pelo delegado Régis Campos Vieira, pagou fiança de R$ 400, foi liberado e responderá em liberdade. Foi também multado em R$ 5 mil pela posse do azulão e em R$ 500 pelo canário-da-terra.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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