Por um dia, o comerciante Tadeu Bauer Hoepers, de 33 anos, teve um animal doméstico diferente em casa: um filhote de beija-flor. No último sábado (20), o sobrinho dele, o estudante Gabriel Henrique Hoepers, de 13 anos, encontrou o pássaro na calçada, perto de uma árvore, e levou para a residência onde moram, na Vila Mathias, em Santos.
“Eu estava indo para casa e achei na calçada. O ninho tinha caído ao lado”, conta Gabriel. “Eu me assustei e depois achei que alguém poderia pisar nele. Eu o peguei com a mão, levei para casa e demos comida”.
Sem saber como alimentar o beija-flor, a família pesquisou na internet e comprou vitaminas específicas para o animal, misturando-a com frutas. “Fizemos uma papinha e ele se alimentou muito bem”, conta Tadeu. O animal passou a noite em uma caixa de sapato e, na tarde de domingo (21), voltou à natureza.
O comerciante colocou o beija-flor em um pote de sorvete, em cima do carro dele, e logo os pais do animal apareceram. “Na hora desceram e vieram alimentar”, afirma Tadeu, que, ao “confirmar a paternidade”, realocou o animal novamente na copa da árvore, na Rua Adolfo Assis.
“É uma situação que nunca imaginamos. É legal também uma criança ter essa noção de responsabilidade. Meu sobrinho achou, quis cuidar, se preocupou e ainda voltou para verificar se estavam lá”.
O biólogo Eric Comin afirma que o beija-flor tem como base alimentar o néctar de flores. Outras espécies se alimentam também de moscas e insetos. Ele elogiou a atitude do adolescente que recolheu a ave. “O beija-flor está em perigo critico de extinção. A atitude do garoto de cuidar e devolver o filhote aos pais merece parabéns.”
Fonte: A Tribuna