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Família chora gato assassinado em canil municipal

22 de março de 2010
1 min. de leitura
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Carlos Alberto Sanchez Macedo
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Nosso gato, o Juninho, estava em cima de minha caminhonete quando saí para trabalhar e eu, infelizmente, não percebi. Ele pulou do carro depois de poucos metros de casa. Uma senhora, preocupada com a possibilidade de que seu cachorro o machucasse, ligou para o canil vir buscar o gatinho – já que havia esperado por três dias e o tutor não havia aparecido.

Era um gato persa, todo preto, sadio e só comia ração de boa qualidade. Para nossa alegria essa mulher nos descobriu no domingo e nos informou que tinha entregue o gato ao canil 6 dias atrás. Minha esposa ficou felicíssima com a notícia, nem dormiu à noite e praticamente amanheceu na porta do canil.

Sabe qual foi a informação que ela teve ao chegar lá? Para seu desespero, informaram-na que Juninho tinha sido eutanasiado porque não comia e porque, segundo a veterinária, começou a ter convulsões. Como era sexta-feira e ninguém fica no canil no final de semana, ela teve que sacrificá-lo.

Sou um ignorante no assunto, mas não podiam ter alimentado o Juninho através da veia ou, sei lá, terem feito outra coisa ao invés de assassiná-lo só porque não tinha ninguém para cuidar dele? Será que um gato bem alimentado fica mesmo tão debilitado assim em apenas sete dias?

Aquela senhora, cheia de boas intenções e preocupada com a possibilidade de o cão pegar o Juninho, chamou o canil para protegê-lo… mal sabia ela.

Hoje minha família chora porque um lugar que deveria proteger os animais de rua não teve paciência para cuidar do animal – que além de tudo estava sadio e bem cuidado – por uma mísera semana.

Agora eu pergunto: É para isso que serve o canil?

À minha esposa e filhos, peço perdão por não ter visto o Juninho em cima da caminhonete quando sai.

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