São milhares de cachorros em situação de rua na cidade, também conhecidos como cães comunitários. Mas na hora que eles ficam doentes ou feridos, de quem é a responsabilidade? A Unidade de Bem-Estar Animal do município se propõe a realizar este atendimento, mas é alvo de reclamações sobre problemas no serviço.
Na semana passada o vendedor Matheus Duarte procurou a reportagem do Diário de Canoas após levar um cão que estaria com cinomose à unidade e afirma ter recebido a recusa do atendimento. “Eles me disseram que o veterinário saía às 14 horas e depois deste horário não poderiam fazer nada”, relata Duarte que afirma ter insistido no pedido, mas só teve resposta às 17h30. “Perdi a tarde de trabalho. O cachorro não era meu, mas apareceu muito mal na frente da minha casa”, conta.
Segundo o coordenador da Unidade de Bem-Estar Animal, Cristiano Moraes, não houve recusa do socorro, mas ele admitiu que o horário do médico veterinário é limitado a 20 horas semanais. “Pode ter demorado, mas o atendimento foi feito”, assegura.
Denúncias
Situações de violência ou maus-tratos contra animais podem ser denunciadas ao cartório especializado, vinculado à 3ª DP, e chefiado pela delegada Sabrina Deffente. Os crimes, que podem resultar em penas que vão de um a três anos de prisão, também podem ser comunicados pelo telefone: 3425-9028.
Castração terá nova etapa
Duas mil castrações estão previstas para este ano, como revela o coordenador da Unidade de Bem-Estar Animal. No entanto, os animais em situação de rua não são incluídos no projeto, a menos que sejam cadastrados por alguém que se responsabilize pelos cuidados durante a recuperação da cirurgia.
“Chamamos o contribuinte como responsável desta causa e que tem o dever de ajudar na preservação da fauna urbana”, aponta. Em maio foi realizada a primeira etapa de inscrições deste ano, que deve se reaberta no mês de setembro.
Fonte: Diário de Canoas