Faculdade de Veterinária de Cuiabá (MT) estima que haja 500 animais abandonados no campus
13 de outubro de 2010
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De acordo com a estimativa realizada pelo projeto de extensão guarda responsável dos animais domésticos , realizado pela Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia (Famev) e o Hospital Veterinário (Hovet) da UFMT, existem cerca de 300 a 500 animais errantes por todo o campus. “A maioria são gatos que vivem em condições inadequadas e expostos a várias doenças “, conta uma das organizadoras da ação, professora Adriana Borsa.
O projeto iniciou no ano passado devido à necessidade de conscientizar a população sobre o abandono dos animais nas ruas e no campus universitário e conta com a colaboração do professor José Ricardo de Souza, chefe do Departamento de Ciências Básicas e Produção Animal da Famev, dos alunos do curso de Veterinária, Ivy Corrêa e Mateus Mendes, da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), do Juizado Especial Volante Ambiental (Juvam) e da Associação Voz Animal (AVA).
Os animais abandonados não recebem alimentação adequada, nem vermifugação ou vacinação profilática, ficando vulneráveis a diversas parasitoses. “Inclusive às de pele, como as sarnas e micoses”, conta Adriana Borsa. Ela acrescenta, que por não receberem vacina para a raiva, os animais ficam passíveis de serem contaminados pela doença, por manterem o hábito de caçar morcegos.
“O objetivo é sensibilizar a comunidade cuiabana, bem como a sociedade como um todo, sobre o problema do abandono dos animais e as consequências geradas. E ainda, resgatar a cidadania por meio da valorização da afetividade”, explica a professora Adriana. O trabalho de instrução é realizado nas escolas municipais e estaduais da capital, por meio de palestras e distribuição de folders informativos na UFMT para alunos do 5° ano do ensino fundamental.
Para resolver a situação dos gatos e cachorros abandonados no campus, o projeto realiza o trabalho de prepará-los para a adoção. Os animais são vacinados e castrados. “O sucesso do nosso trabalho dependerá da colaboração da comunidade, em conscientizar-se e não mais abandonar os animais”, garante Adriana.
Os folhetos que estão sendo distribuídos pelo projeto alertam que abandonar animais é crime e que todo bicho de companhia tem direito a um lar digno.