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Animais são encontrados morrendo de fome em fábrica de filhotes abandonada por criador

19 de outubro de 2010
3 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato  (da Redação)

Dogue alemão morreu embaixo do sol

Um criador  de Iida-Shinden, Ohmiya City, Saitama Prefecture, no Japão, desapareceu deixando seus cães para trás e, com isso, no mínimo 16 deles morreram de fome.

A fábrica de filhotes ficava na área rural dos subúrbios de Ohmiya City e muitos denunciaram o local às autoridades locais informando fatos como: “os cães ficavam engaiolados no sol”; “seis cães morreram nesse lugar”; “as fezes são empilhadas e largadas para apodrecer, liberando um cheiro horrível”; entre outras atrocidades.

O Ohmiya Healt Center (autoridade local) visitou o canil por seis vezes. O criador estava ausente em todas elas, exceto na última, e os oficiais o alertaram de que estavam recebendo inúmeras denúncias. Entretanto, o criador, para se ver livre da polícia, disse que encontraria lares adotivos para todos os cães.  Os oficiais puderam constatar mais de 100 cães engaiolados e outros que corriam pelo lugar.

Pouco depois, o criador desapareceu, deixando os mais de 100 cães para morrerem de fome. Quando os oficiais da Ohmiya Healt Center entraram no local, depois de conseguir permissão dos parentes do criador,  encontraram 16 cães que haviam morrido de inanição.

Local onde os cães viviam confinados para reprodução

De acordo com os vizinhos, o homem morava ali há seis anos e criava dezenas de cachorros por vez.  Eles tinham problemas de crescimento pela desnutrição e morriam de medo de humanos.

A maior parte dos animais era de raça pura, logo deduz-se que o homem criava animais para vendê-los. Foi constatado que ele sequer vacinara os animais contra raiva.

Cerca de 70 membros de grupos de proteção animal preencheram um processo contra o homem, alegando que ele forçara os cães a viver naquele ambiente horrível e que isso é abuso e portanto crime.

Nós nos oferecemos para ajudar a colocar plaquetas em cães abandonados, mas os oficiais disseram que os membros da SALA não podiam entrar no centro. Por mais que quiséssemos resgatar os cães o quanto antes, eles nos fizeram esperar do lado de fora, na chuva.

Esperamos por quase uma hora; os funcionários do centro colocaram identificação nos cães e nossos membros colocaram os cães na van de transporte. Não nos permitiram fotografar a ação.

Só queríamos tirar algumas fotos para os relatos do resgate, mas disseram-nos que, como eles é que coordenavam o centro, nós não tinhamos direito de fotografar. – Soava como “faça só o que nós mandarmos”.

Tentamos então fotografar a nossa van com os cães dentro, o diretor do centro gritou para não deixarmos o prédio aparecer na imagem. Entendemos que eles não queriam fotos de suas instalações, mas não pudemos sequer fotografar da rua, que é pública. Ficamos um pouco espantados.

Acoplado ao centro, existe um lugar para as crianças e seus pais interagirem com os cães e coelhos. Nem ali podem fotografar?

Enquanto estávamos no centro, cães abandonados eram trazidos. O dia seguinte foi reportado pelo programa de tv japonês chamado “Japão: o paraíso dos animais de companhia”. O paradoxo é que o paraíso deles é ser abandonado e levado a um centro como aquele.

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