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REDUÇÃO PREOCUPANTE

Extinção ameaça onças-pintadas após queda de 77% da população em parque paulista

Estudo aponta queda drástica no número de felinos no Parque Estadual do Morro do Diabo

9 de agosto de 2025
Luna Almeida
2 min. de leitura
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Foto: Freepik/vladimircech

A presença de onças-pintadas no Estado de São Paulo vem diminuindo de forma alarmante. Atualmente, estima-se que cerca de 300 indivíduos vivam no território paulista, mas a atividade humana tem reduzido essa população, classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

No extremo oeste, o Parque Estadual do Morro do Diabo, localizado em Teodoro Sampaio, é um dos últimos refúgios desse felino na Mata Atlântica da região.

Apesar de cercado por fazendas de gado e considerado pequeno para abrigar grandes populações, o local mantém parte significativa da vegetação nativa conservada, o que ainda permite a sobrevivência de alguns exemplares.

Queda acentuada nos últimos anos

Pesquisas realizadas entre 2009 e 2011, utilizando armadilhas fotográficas, indicavam a presença média de 0,66 onça-pintada a cada 100 quilômetros quadrados na área.

No entanto, um levantamento mais recente, feito entre 2020 e 2023, revelou uma redução para 0,14 animal na mesma proporção de território – queda de 77% em pouco mais de uma década.

O método fotográfico é considerado a forma mais eficiente de estimar a população total, já que os machos tendem a ser registrados com maior frequência, enquanto as fêmeas permanecem mais discretas e de difícil observação.

Importância ecológica

Conhecida cientificamente como Panthera onca, a onça-pintada é o maior felino das Américas, podendo atingir 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. Sua dieta inclui mamíferos como veados e capivaras, desempenhando papel fundamental no equilíbrio ecológico da Mata Atlântica.

A redução populacional é atribuída principalmente à caça e à destruição do habitat. Em janeiro de 2025, o caso de uma onça-parda morta e exibida em vídeo nas redes sociais reacendeu o debate sobre a proteção da fauna.

A legislação brasileira prevê punições como serviços comunitários, recolhimento domiciliar ou multas, mas o valor das penalidades é frequentemente apontado como baixo diante da gravidade do crime.

A perda de uma onça-pintada não representa apenas a morte de um indivíduo, mas afeta toda a cadeia alimentar e o equilíbrio do ecossistema.

Fonte: Diário de Litoral

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