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CONDIÇÕES INSALUBRES

Exportados para consumo: mais de 100 bois morrem a bordo de navio que rumava para Indonésia

27 de março de 2024
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução | The Guardian

A morte de mais de 100 bois australianos a bordo de um navio de exportação de animais vivos com destino à Indonésia levanta sérias preocupações sobre a prática cruel e desumana da exportação de animais vivos. O incidente, que está sob investigação pelo Departamento Australiano de Agricultura, Pesca e Silvicultura, destaca os riscos inerentes a esse comércio e a falta de proteção aos animais envolvidos.

Os bois, que provavelmente foram enviados de Darwin e considerados aptos para viajar por um veterinário do governo antes do embarque, enfrentaram condições adversas que resultaram em sua morte. A legislação exige que os exportadores relatem qualquer morte de animais acima de 0,5% do carregamento ou três animais dentro de 12 horas, mas mesmo assim, tais incidentes continuam a ocorrer.

O fato de não haver indicação de doenças animais exóticas envolvidas, como febre aftosa ou doença de pele protuberante, não diminui a gravidade da situação. A negligência e o sofrimento dos animais durante o transporte são inaceitáveis, independentemente da causa específica das mortes.

O porta-voz do departamento destacou que a Austrália permanece livre de doenças animais exóticas, mas isso não pode ser usado para justificar ou minimizar as mortes dos bois durante o transporte. A exportação de animais vivos é uma prática intrinsecamente cruel e desumana, sujeitando os animais a condições estressantes, desconfortáveis e muitas vezes fatais.

Este trágico episódio ressalta a urgente necessidade de abolir a exportação de animais vivos e buscar alternativas mais humanas e éticas para o comércio de animais. É imperativo que sejam implementadas medidas mais rigorosas de proteção animal e que sejam priorizados o bem-estar e a dignidade dos animais em todas as atividades relacionadas à indústria agrícola e pecuária.

Nota da Redação: a exportação de animais em condições tão deploráveis para consumo humano é um flagrante desrespeito à vida e à ética.

Os relatos de maus-tratos a bordo desses navios são chocantes e inaceitáveis. Os animais são confinados em espaços exíguos, sujeitos a condições climáticas extremas, sem acesso adequado a água e alimentação. A insistência em enviar esses seres sencientes a uma jornada de sofrimento é uma afronta à compaixão e ao senso comum.

Além dos óbvios impactos negativos no bem-estar animal, a exportação desumana de animais também levanta questões sobre a sustentabilidade ambiental e a saúde pública. Doenças podem se proliferar nessas condições, representando riscos tanto para os próprios animais quanto para quem consome sua carne.

É inadmissível que em pleno século XXI, em um mundo que clama por ética e respeito aos direitos dos animais, governos continuem a permitir e até mesmo a promover práticas tão cruéis. A comunidade internacional deve se unir para repudiar veementemente a exportação desumana de animais em navios e pressionar por mudanças legislativas que proíbam essa prática repulsiva.

O sofrimento animal não pode ser ignorado em nome do lucro e do consumo humano. A conscientização sobre a realidade desses navios de transporte é crucial para instigar mudanças positivas e assegurar que os direitos dos animais sejam respeitados. Chegou o momento de repensar nossas escolhas como sociedade e buscar alternativas mais éticas e humanitárias para atender às demandas alimentares.

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