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SOB CUIDADOS

Explorados para venda: cães salvos do porão de loja de bijuterias são levados para ONG

23 de agosto de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação/Polícia Civil

Após serem mantidos no escuro, sem água ou comida, a vida trágica de 26 cães, parte mantida no porão de uma loja de bijuterias, no centro da capital paulista, tomou um novo rumo, no fim da manhã desta sexta-feira (23/8).

Todos foram resgatados de dois comércios de Guozhen Zeng, de 42 anos, na República. Ele segue preso pelo crime de maus-tratos.

Dos 26 animais, 24 são da raça american bully e eram criados clandestinamente, em condições degradantes, para serem comercializados ilegalmente por Guozhen. Todos os animais foram levados para uma ONG, na qual serão tratados e depois disponibilizados para adoção.

Uma denúncia anônima indicou que os animais eram maltratados nos endereços das lojas Super Baby e Empório Bijuterias e Presentes, pertencentes ao homem de origem asiática.

Policiais civis e militares foram em ambos os locais, nessa quinta-feira (22/8), flagrando as condições degradantes nas quais os cães eram mantidos.

Os cachorros viviam em lugares sujos com fezes, forte odor, sem iluminação, ração e água. Eles também eram agredidos com socos e chutes, de acordo com a polícia.

O delegado João Blasi, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), afirmou que frequentadores da loja sentiam o cheiro forte e vizinhos dos estabelecimentos ouviam choros dos animais.

Ele ainda disse que a maioria dos resgatados são filhotes, acrescentando que o comerciante chinês vendia os cães entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.

Blasi definiu os locais onde os cachorros eram mantidos como um “verdadeiro calabouço”.

Em depoimento, logo após ser preso, o comerciante negou os maus-tratos e argumentou que mantinha os animais nas lojas, “como cães de guarda”. Os american bullys são conhecidos pelo comportamento dócil e amigável.

Guozhen seria submetido a uma audiência de custódia, nesta sexta-feira (23/8). A defesa dele não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Metrópoles

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