O governo irlandês tem sido pressionado a revisar os testes sísmicos para petróleo e gás em suas águas após um estudo australiano recém-publicado revelar que essas técnicas de exploração podem destruir populações de plâncton.
A pesquisa da University of Tasmania e da Curtin University descobriu que os sinais de pistolas de ar que são frequentemente usados na exploração de petróleo marinho podem dobrar ou triplicar a mortalidade de zooplâncton adulto e em fase de larva.
A pesquisa pediu que a indústria da pesca pressionasse os governos a revisarem os termos de licenciamento para testes sísmicos em águas irlandesas. O zooplâncton sustenta a saúde e a produtividade dos ecossistemas marinhos globais e o novo estudo revelou que os testes sísmicos possuem “potencial significativo e não reconhecido” para um impacto negativo sobre a “função e a produtividade do ecossistema oceânico”.
De acordo com o Irish Times, a pesquisa, publicada na revista científica Nature Ecology and Evolution, envolveu a realização de testes com pistolas de ar sísmicas no oceano ao sul da Tasmânia.
Robert McCauley, principal autor do estudo, disse que os resultados levantam questões sobre a “ruptura significativa” causadas nos níveis populacionais de plâncton.
“Contamos o número de zooplânctons vivos e mortos coletados em redes com uma técnica de coloração especial e descobrimos que o dobro ou o triplo de zooplânctons faleceram após as operações com pistolas de ar do que os coletados anteriormente”, afirmou seu colega Jayson Semmens.
“O plâncton sustenta a produtividade de todo o oceano. Sua presença afeta diretamente a saúde do ecossistema, por isso é importante que prestemos atenção ao seu futuro”, ressaltou o professor McCauley.