A organização em defesa dos direitos animais PETA alertou que a exploração e morte de animais selvagens para atender a indústria de peles pode ser responsável por novas pandemias. A ONG está pedindo a abolição mundial de “fazendas de peles” para evitar o surgimento de novas doenças transmitidas de animais para seres humanos.
A PETA usa como principal exemplo as fazendas de jacarés, muito comuns em países asiáticos, onde os animais são mantidos de forma confinada, superlotada e sem qualquer higiene. Investigações revelam que os animais são obrigados a viver em águas pútridas em meio a excrementos e cadáveres de outros animais.
Segundo a organização “isso cria um terreno fértil potencialmente sério para o surgimento de muito patógenos zoonóticos (agentes causadores de doenças que podem se espalhar de outros animais para o ser humano), incluindo salmonela, vibrio, Aeromonas spp., Pseudomonas spp., E. coli , trichinella, vírus do Nilo Ocidental e outros – todos os quais crocodilianos transportam e potencialmente transmitem aos seres humanos”.
A PETA afirma ainda que a visão de uma fazenda de crocodilos no Vietnã é uma “reminiscência dos mercados onde os cientistas acreditam que o novo coronavírus se originou. Pesquisadores acreditam que o coronavírus tenha se originado em um mercado úmido – onde animais, principalmente espécies silvestres, são mortos e vendidos- em Wuhan, na China.