Os animais são explorados de forma intensa em todo o mundo. No Brasil, até mesmo o pênis dos bois é visto como um produto.
Hong Kong recebe 95% da exportação de “despojos não comestíveis de bovinos” do Brasil – como pênis, tendões e artérias -, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O país exporta também farinha de penas, ossos e sangue, para fabricação de ração de animais.
“Os chineses colocaram tudo dentro da panela junto com os temperos e caldos, e aquilo vira uma espécie de sopão”, disse Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo. As informações são do portal UOL.
Em 2018, 150 mil toneladas de despojos foram exportadas. Só em farinhas de origem animal foram exportadas 180,7 mil toneladas no ano passado. Há previsão de crescimento para 2019 de 25%. As farinhas são exportadas principalmente para o Chile e para o Vietnã, segundo a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra).
Até o final da década de 1990, os despojos eram descartados ou transformados em farinha para alimentação de animais. “Algumas empresas surgiram e começaram a aproveitar esses despojos”, afirmou Salazar. Esse comércio começou a ser regulamentado pelo Ministério da Agricultura em 2004.
Nota da Redação: o uso de todas as partes dos corpos de animais pela indústria expõe a imensa exploração a qual os animais são submetidos. Tratados como objetos, eles são vistos como coisas que devem ser aproveitadas ao máximo para aumentar os lucros de quem os explora. Criados apenas para que sejam mortos, os animais são condenados a vidas miseráveis, nas quais experimentam todo tipo de sofrimento.