Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Órgãos humanos estão sendo cultivados em animais nos Estados Unidos, em uma técnica controversa que deve ser aprovada pelo Ministério do Interior esta semana.
Dezenas de porcas e ovelhas foram implantadas com embriões que têm DNA animal e humano. Espera-se que quando os animais híbridos estejam totalmente crescidos, seus órgãos sejam completamente transplantáveis por carregarem material genético humano.
Esta semana o Comitê de Animais na Ciência do Ministério do Interior deve publicar a primeira orientação sobre o uso de quimeras animais humanas. A comissão deve orientar que pesquisas desse tipo sejam fortemente regulamentadas, mas permitidas, se puderem demonstrar que os benefícios compensem os danos.
Cerca de 20 animais foram implantados com embriões híbridos em laboratórios do Instituto Salk, na Califórnia e na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, no último ano, de acordo com o MIT Technology Review e dezenas de novos experimentos foram realizados em outros países. Acredita-se que nenhum animal tenha nascido e não há estudos publicados sobre o assunto.
As experiências envolvem a remoção do DNA de suínos e ovinos, que permite que eles formem órgãos animais, e a substitução por células estaminais humanas que criam um órgão humano dentro do animal.
“Nós podemos fazer um animal sem um coração. Nós projetamos porcos que não possuem músculos esqueléticos e vasos sanguíneos “, afirma Daniel Garry, um cardiologista que lidera um projeto quimera na Universidade de Minnesota.
No entanto autoridades americanas estão preocupadas que os animais possam assumir características humanas e até mesmo a inteligência.
Ativistas de direitos animais criticaram os experimentos.”A criação de híbridos de humanos e animais é ruim para as pessoas e pior para os animais. Estes animais têm exactamente a mesma capacidade de sentir dor e sofrem como qualquer outro animal, incluindo os seres humanos”, afirmou Julia Baines, do People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), ao Telegraph.
Os cientistas já usam as quimeras de humanos e animais em experiências, por exemplo, em ratos que são criados para terem um sistema imunológico humano.
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