Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Um anseio que lembra a bizarrice do futuro imaginado pela trilogia Matrix vem sendo o mote para a exploração de ratos. Imaginando um futuro em que os cérebros humanos serão eletronicamente interligados, foi publicado o estudo de um experimento envolvendo cientistas da universidade americana Duke e do brasileiro Instituto Internacional de Neurociência, no qual dois ratos separados por quase 7,5 mil quilômetros tiveram seus cérebros conectados.
No experimento bizarro, o que um animal fazia, o outro também fazia em seguida. Segundo os cientistas, é como se os dois cérebros estivessem conversando. Para que isso acontecesse, eles inseiram fios de diâmetro finíssimo na área do cérebro responsável pelos movimentos de cada animal.
Para forçar os animais a colaborarem, houve a tradicional privação: um dos ratos só teria o direito de beber uma dose completa de água se o outro, a milhares de quilômetros, optasse pela barra que os pesquisadores queriam que escolhesse. Caso contrário, ficaria com sede.
O propósito da pesquisa lembra um futuro bizarro em que o cérebro de cada ser humano será conectado remotamente um ao outro, cujas implicações éticas, práticas e até políticas ainda são obscuras mas já podem inspirar receio. E para esse futuro, estão explorando animais, que em nada têm a ver com os anseios de quem deseja esse tal futuro, de forma vil.
